Para Márcio Souza a gestão da CDU não cumpriu várias promessas feitas em campanha eleitoral. Diz ser um homem do povo, e que o procuram para encontrar soluções

Sócio-Gerente da empresa Esportes Bar, na Cotovia, em Sesimbra, Márcio Souza trabalhou na área da restauração, foi militar atirador no Regimento de Artilharia do

Exército Brasileiro. Estudou na área de Contabilidade e Administração de Empresas, tem por hobbies o futebol e apresenta-se como candidato do partido Alternativa Democrática Nacional e diz ter por motivação “ajudar todos os sesimbrenses, sem exceção, mas principalmente os mais carenciados”.

Afirma que, se for eleito, vai promover o levantamento de todas as habitações do concelho para saber quais necessitam de ser reabilitadas e promover a construção de habitação em terrenos municipais. Afirma dialogar com o Governo para fixar mais médicos em Sesimbra e, na área da economia local, promete abrir portas à criação de empresas e apoio às atividades locais.

Diz que a gestão da CDU “não foi a pior, mas também não foi a melhor. Nem tudo foi mau, mas houve muitas promessas nas anteriores eleições autárquicas, que não foram cumpridas” 

O que o motiva a ser candidato, pela Alternativa Democrática Nacional (ADN), à presidência da Càmara Municipal de Sesimbra?

A minha principal motivação é ajudar todos os sesimbrenses, sem exceção, mas principalmente os mais carenciados. 

Diz que o partido ADN faz parte dos ‘genes’ de Sesimbra. O que significa esta afirmação?

Significa que o ADN está em sintonia com as necessidades de toda a população de Sesimbra, defendendo os direitos de quem cá trabalha e também que procura que sejam conseguidas condições para a criação de novos postos de trabalho, de forma que os filhos da terra não tenham de ir trabalhar para fora do concelho.

O povo de Sesimbra é um povo acolhedor, mas também sabe distinguir quem pode e não pode cá trabalhar. E são estes ideais que se identificam com a nossa gente.

De que forma pretende promover a participação dos cidadãos nas decisões municipais, especialmente nas freguesias?

Levar temas para cima da mesa que sejam do agrado dos munícipes, e chamá-los a participar nas reuniões de assembleia e quem sabe, criar algumas formas de referendo. 

Se for eleito para gerir o concelho, quais as suas primeiras três medidas?

As nossas três primeiras medidas da Alternativa Democrática Nacional são:

– Auditoria Externa às contas do Município

– Reunir com todos os chefes de Divisão, para aferir se existe gente a mais ou a menos em cada departamento

– Levantamento de todo o parque automóvel e maquinaria, para ver se o seu funcionamento está operacional e se as viaturas estão bem distribuídas.

A habitação acessível é um problema em muitos concelhos, como Sesimbra. Qual é a sua estratégia para promover habitação digna a custos controlados no município?

Levantamento exaustivo de todas as habitações do município, que podem ser recuperadas, promover concursos com construtores locais, para construção de habitação em terrenos camarários, são duas medidas que queremos implementar.

A falta de médicos de família é uma queixa recorrente em Sesimbra. Que medidas concretas propõe para assegurar cobertura adequada e regular para todos os utentes?

O combate à falta de médicos de família. Exigir ao Governo o desbloqueio dos seis médicos impeditivos e contratar diretamente nas áreas mais carenciadas.

Instaurar regime de urgência básica (20h–08h) na Quinta do Conde, para responder a casos agudos e reduzir sobrecarga dos hospitais 

A dispersão geográfica do território de Sesimbra é fator de dificuldade ao nível da mobilidade. Que soluções o ADN apresenta, principalmente quanto a transportes públicos

 Exigir aumento gradual das carreiras e horários ao longo de 2026, focando nas linhas interurbanas como a 3721, com mais veículos e melhores frequências.

Propor um estudo participativa com utentes, para ajustar horários e frotas de acordo com a procura real.

Implementar o PMUS em toda a Quinta do Conde: concluir ciclovias, reforçar percursos pedonais e melhorar a sinalização urbana.
Estender esse modelo de mobilidade humana e sustentável a outras freguesias, criando uma estratégia concelhia.

Como se propõe gerir o turismo para conciliar preservação ambiental, qualidade de vida local e desenvolvimento económico?

Defender a continuidade e diversificação de eventos traduzidos em retorno económico real — como o Carnaval.

Promover pacotes turísticos integrados que valorizem cultura, património e produtos locais.
Potenciar os Mercados Municipais como centros de atração local, integrando produtos agrícolas e espaços de lazer.
Reforçar a Unidade Técnica com formação em digitalização, marketing, sustentabilidade e acesso a programas europeus.

Que incentivos vai aplicar para apoiar o comércio local e pescadores?

Propor um “Plano START-up Sesimbra”, com incubação e apoio técnico para novos negócios nos setores rural, pesqueiro, turístico ou digital.

 Apoiar a criação de Feiras Temáticas Locais regulares, que dêem palco ao artesanato, produtos da pesca e gastronomia.

O concelho, atualmente, é gerido pela CDU. Que criticas faz a essa gestão?

A gestão da CDU não foi a pior mas também não foi a melhor. Nem tudo foi mau, mas houve muitas promessas nas anteriores eleições autárquicas, que não foram cumpridas. 

Dou apenas alguns exemplos:

– Novo quartel dos bombeiros e novas instalações para o Gabinete Municipal de Proteção Civil não saíram do papel

– O atraso na conclusão da Escola Navegador Rodrigues Soromenho

– Estradas municipais só em fim de mandato começaram a ser arranjadas, ou seja, em quatro anos quase nada se fez

Que mensagem quer deixar aos eleitores de Sesimbra para que votem na ADN?

Os sesimbrenses conhecem-me, sabem que só um homem do povo e que estou sempre disponível para ajudar. Não é por acaso, que vão ter comigo ao meu estabelecimento, pedir ajuda.

A mensagem é muito clara, ao votarem no ADN, prometemos que todos os sesimbrenses nunca estarão sozinhos!