José Miranda: “Se for eleito, vou tentar acabar com o IMI para que haja juventude a fixar-se no concelho”

José Miranda: “Se for eleito, vou tentar acabar com o IMI para que haja juventude a fixar-se no concelho”

José Miranda: “Se for eleito, vou tentar acabar com o IMI para que haja juventude a fixar-se no concelho”

O cabeça de lista pelo ADN à Câmara de Palmela aponta, para já, à redução do imposto “para jovens até aos 40 anos”. Defende centros de saúde abertos até às 22 horas e creches a funcionarem até às 21 horas. Assume que as três corporações de bombeiros do concelho deveriam dar lugar a apenas uma e diz pretender a instalação de um teleférico até Vanicelos

José Miranda é o candidato do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) à presidência da Câmara Municipal de Palmela. Elege como eixos prioritários de ação “a saúde, a segurança, a educação e o apoio ao desenvolvimento concelhio”.
Atrair mais profissionais de saúde, efetivos das forças de segurança e professores para o concelho é objetivo, que acredita ser possível de alcançar através de conversações com a Administração Central e da criação de incentivos municipais. E considera ser urgente a construção de um novo quartel em Pinhal Novo.

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Sublinha a necessidade de reforçar os transportes públicos para as zonas rurais e assume que pretende acabar com o IMI. Mas, para já, aponta à redução do imposto para jovens até aos 40 anos. Quer ver pelo menos uma unidade hoteleira instalada no território e a implementação de um teleférico até Vanicelos. E considera que as três corporações de bombeiros do concelho têm mais a ganhar se vierem a juntar-se numa só.

O que o levou a aceitar o desafio de se candidatar pelo ADN à Câmara Municipal de Palmela, sendo que está envolvido num conjunto de pessoas cuja maioria até são independentes?
Exatamente. A minha candidatura é como independente pelo ADN, vivo na freguesia de Pinhal Novo há cinco anos. Pinhal Novo para mim não é nenhuma coisa estranha, nem o concelho de Palmela, porque já o conheço há talvez 60 anos, tenho 64 de idade. O objetivo é pôr o concelho de Palmela a girar, que as pessoas vivam mais felizes neste mesmo concelho e dá-lo a conhecer ao mundo, porque é muito rico. Apenas tem sido abandonado pelos políticos que nos têm governado, de maneira que fizemos este grupo para trabalhar em prol da comunidade e das futuras gerações.

A saúde vem em primeiro lugar no seu programa eleitoral. Que medidas pretende desenvolver para esta área?
Temos um programa eleitoral com quatro pontos: saúde para todos; segurança para todos; melhor educação; e apoio ao desenvolvimento concelhio. Na parte da saúde uma coisa é certa: temos de reforçar o pessoal administrativo e reforçar o pessoal de saúde. Eu queria ter um hospital aqui no concelho e se for eleito vou lutar por isso. Mas, enquanto não se faz isso, poderemos ter centros de saúde abertos até às 22 horas. Pelo menos, reforçar e aumentar o horário dos centros de saúde ou de um centro de saúde. Reunindo com as entidades competentes, podemos alargar os horários e aproveitar o pessoal que existe, pagando horas extraordinárias. Ao mesmo tempo, tentar resolver a situação para que possamos pôr mais pessoal administrativo e pessoal de saúde ou então contratar-se firmas privadas para que possamos já trabalhar, a partir de 13 de outubro, e termos pelo menos um centro de saúde aberto até às 22 horas.

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E quem é que suporta a fatura?
Isso é o Serviço Nacional de Saúde, que em colaboração com a Câmara, enfim… há várias entidades na saúde com quem nos podemos sentar à mesa e conversar.

Aponta também ao reforço dos cuidados de saúde nas zonas rurais com unidades móveis de saúde. Mas, isso já existe…
… Já temos, mas é muito pouco. Têm de ser reforçadas.

O que defende para melhorar o serviço de transportes públicos, que também já apontou como prioridade?
As zonas rurais estão abandonadas. Há que reforçá-las com mais transportes. Não são dois, nem três, nem quatro. Talvez seis. Para que as pessoas que vivem nas zonas rurais, muitas já de idade [avançada] e que estão sozinhas, possam ir a Pinhal Novo, a Palmela ou até à Moita ou a um outro concelho vizinho. E, depois, interligação com a Fertagus. Tem de haver uma interligação de transportes.

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Vamos à segurança. Como se propõe a conseguir atrair mais efetivos da PSP e da GNR para o concelho?
Para a vila de Pinhal Novo precisamos já de um quartel novo. Há um plano, há um terreno já doado para fazer um quartel no Pinhal Novo, mas já lá vai algum tempo. Há pouco pessoal, tem de ser reforçado. Tem de haver reuniões, com o Ministério da Administração Interna, enfim, com várias entidades, e termos um quartel novo, mais pessoal e mais viaturas.

Mas a Câmara Municipal pode criar incentivos para atrair a chegada de mais efetivos, não só no domínio da segurança como no da saúde. Tem em agenda a criação de alguns incentivos?
Por exemplo, não há casas para os agentes, não há casas para os médicos, se poderem fixar aqui também… Por que não a Câmara fazer essa interligação? Não é a Câmara que manda em tudo, mas pode ser o elo de ligação para tudo.

Foca também mais e melhor apoio às corporações de bombeiros. Que propostas tem em termos de apoio para que as corporações possam desenvolver o seu trabalho com mais e melhor eficácia?
Antes de falar dos bombeiros, quero dizer que é urgente colocar câmaras de videovigilância em zonas críticas do concelho.
No caso dos bombeiros, a Câmara Municipal dá pouco apoio às corporações. Temos de dar mais. Depois, à frente da proteção civil por que não estar o comandante de uma corporação do concelho? Neste momento, se fosse eleito presidente da Câmara Municipal de Palmela, não escondia a história das três corporações e juntava-as numa corporação só. Poderíamos pôr um destacamento em cada lado. Esta era a melhor forma de termos um quartel enorme com todas as condições e, claro, sou contra o voluntariado. É muito bom o voluntariado, mas estamos a chegar ao momento em que tem de haver mais profissionalismo e os próprios bombeiros terem um ordenado decente.

Na educação aponta o reforço de equipas de ação educativa e o reforço da rede de creches. Começando pelo reforço das equipas, o que propõe é ir além dos rácios estabelecidos por lei?
É irmos além disso. Temos de lutar, de trabalhar, de conversar. Temos de reforçar o pessoal administrativo e também os professores, termos mais professores. Por que não fazer casas camarárias, para que os professores possam ter a sua habitação aqui e fixarem-se aqui?

E o reforço da rede de creches?
Temos de fazer um levantamento das creches existentes, as particulares e as que pertencem ao Estado. Temos de fazer reuniões, de falar com as pessoas, abertamente, e dizermos que neste concelho tem de haver creches, pelo menos, até às 21 horas. Pode não ser em todas, claro. Mas, com o tempo, poderemos pôr todas a funcionar até às 21 horas.

É só essa questão ou é também a falta de equipamentos?
Há muita falta de creches. Aqui, a Câmara pode participar. Por que não fazer uma creche do Estado? Não pagando, não há creches. E nós precisamos muito de uma rede de creches em condições.

No apoio ao desenvolvimento concelhio, aponta à maior rapidez na atribuição de licenças municipais. Licenciamentos urbanísticos?
Não só, como também para as empresas. Quando se mete um projeto à Câmara Municipal de Palmela, [o licenciamento] demora muito tempo. Neste momento, temos empresários que querem expandir o seu negócio, põem os papéis na Câmara, e aquilo demora um ano, dois anos, três anos, e não há hipótese de evoluir.
Temos terrenos camarários, temos casas devolutas, temos de fazer um levantamento de todos os terrenos e começarmos a construir habitação com rendas acessíveis. Agora, temos é de construir casas, com parcerias de entidades privadas, 400, 500 fogos. Claro que não é em quatro anos que queremos, por exemplo, mil fogos, mas é começarmos já a trabalhar. O problema é que há falta de vontade dos políticos.

Propõe um incentivo para a criação de hotéis no concelho. Quantas unidades hoteleiras é que defende que devem ser criadas e, já agora, em que freguesias?
Temos uma pousada, pronto, no Castelo, temos algumas coisitas rurais, muito pouco, mas, por que não termos um grande hotel ou vários hotéis? Um vamos ter, com certeza, os empresários é que sabem onde é que vão fixar esse hotel.
Incentivos [para isso] são taxas muito mais baixas, licenças mais rápidas. Quero também fazer um teleférico até Vanicelos, em conversação com a Câmara Municipal de Setúbal.

Outra das medidas que propõe no âmbito do apoio ao desenvolvimento concelhio é a redução do valor do IMI para jovens até aos 40 anos, a redução de 1% para os restantes imóveis. O IMI em Palmela já está no valor mínimo…
Sim, sim. Mas, para que haja juventude a fixar-se neste concelho tem de haver condições. O meu objetivo é acabar com o IMI. Não tem razão de ser. Vou tentar acabar com o IMI, se for eleito.

Partindo do pressuposto que o poderia fazer, como conseguiria depois manter o equilíbrio financeiro do município?
Criando riqueza no concelho, poderíamos fazer. Claro, demora o seu tempo.

Se vier a ser eleito vereador, esse será um excelente resultado?
Sendo deputado ou vereador não é tão fácil. Sendo presidente é diferente. Agora, uma coisa é certa: é mais uma forma de eu poder lutar para melhorar o futuro da comunidade e das futuras gerações.

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