O Vitória FC entrou domingo com o pé direito no Campeonato da I Divisão da AF Setúbal ao vencer, por 2-0, o Vasco da Gama de Sines, clube alentejano que celebrou no dia do jogo o seu 59.º aniversário, no Estádio do Bonfim. Leo Chão, nos derradeiros instantes da primeira parte, inaugurou o marcador de penálti e, nos primeiros minutos do segundo tempo, Catarino estabeleceu o resultado final.
Depois do desaire sofrido na semana anterior na casa do Barreirense – 2-0 na série D da Taça AFS –, os setubalenses responderam da melhor forma na partida de estreia do campeonato 2025/26. Apesar de a exibição não ter sido perfeita, os verdes e brancos foram superiores ao adversário e conseguiram o objetivo da conquista dos três pontos, que permitem à equipa integrar o lote de equipas que estão na liderança da prova.
Antes do apito inicial no embate com o Vasco da Gama, clube fundado a 5 de outubro de 1966, o Vitória prestou homenagem a Vítor Madeira, ex-avançado do clube que esteve na sua carreira ligado aos dois clubes que mediram forças no Bonfim, estádio em que marcaram presença cerca de dois mil adeptos.
O treinador Paulo Martins fez quatro mudanças na equipa em relação à partida anterior da Taça AFS. Diogo Martins, Gui, Tiago Nunes, China saíram do onze, sendo substituídos por Diogo Isnard, Pedro Farrim, Heta e Diogo Conceição que jogaram de início com os colegas Pardana, Tomás Piedade, João Delgado, André Gomes, Catarino, Bruninho e Leo Chão.
O Vasco da Gama, que na temporada transata concluiu o campeonato do escalão principal na 9.ª posição, apresentou no Bonfim um onze constituído por João Correia, Ricardo Ferreira, Sandro Conceição, Edi Silva, Edmilson Gomes, João Ressurreição, Alexandre Gomes, Hugo Mestre, João Oliveira, Marcelo Ressurreição e Vasco Fernandes.
O primeiro lance de perigo do jogo foi criado pelos sadinos num lance de bola parada, aos oito minutos, momento em que Diogo Conceição cabeceou sobre a trave, após livre de Leo Chão na esquerda. Aos 14, os verdes e brancos voltaram a desperdiçar uma excelente ocasião para marcar, desta vez foi Catarino, após assistência de bandeja de Leo Chão, que rematou para defesa de João Correia a evitar o golo.
Aos 21 minutos, durante uma fase do jogo marcada por muitas faltas cometidas, cartões amarelos para ambas as equipas e de várias decisões da equipa de arbitragem contestadas pelos vitorianos, os alentejanos, treinados por Daniel Direito, visaram pela primeira vez a baliza de Pardana num livre direto de João Oliveira que o guarda-redes defendeu com segurança.
Num período de jogo em que não se registaram oportunidades de golo flagrantes, os setubalenses conseguiam aproximar-se da área contrária sem efeitos práticos. Exemplo disso foi dado, aos 29 minutos, por Catarino que surgiu ao segundo poste, depois de mais um cruzamento de Leo Chão, a cabecear para defesa fácil do guardião João Correia.
Só à entrada para os últimos minutos da primeira parte, o Vitória conseguiu dispor de uma ocasião clara de golo quando, aos 40 minutos, o árbitro Rodrigo Esteves assinalou penálti por uma falta cometida por um defesa dos sineenses sobre Bruninho no interior da área. Leo Chão encarregou-se da cobrança da marca dos 11 metros e só à segunda tentativa – o árbitro mandou repetir o penálti porque o guardião saiu da linha de golo – fez o 1-0, aos 44 minutos.
Catarino tranquilizou equipa com o 2-0
A perder por 1-0 ao intervalo, o Vasco da Gama entrou na segunda parte com o objetivo de reentrar na discussão. No entanto, aos 52 minutos, sofreu um golpe nas suas pretensões após um lance confuso no interior da área, em que Bruninho tentou finalizar sem êxito. No seguimento da jogada, a bola chegou Catarino, atacante que estava no sítio certo no interior da área para encostar para o 2-0.
Volvidos dois minutos, o treinador Paulo Martins prescindiu de Catarino e lançou no encontro Walter Sá para tentar dar mais profundidade o setor ofensivo. O emblema de Sines viu-se obrigado a arriscar mais na frente para tentar chegar ao golo e reentrar na discussão do resultado. Com mais espaço no ataque, os anfitriões tentaram explorar a velocidade Walter Sá para tentar chegar a zonas de finalização com mais frequência.
As jogadas de perigo junto da área defendida pelos alentejanos foram mais recorrentes. Aos 61, Heta testou a atenção do guarda-redes João Correia num remate cruzado. Quatro minutos depois foi a vez de Bruninho, de cabeça, depois de cruzamento de Heta na esquerda, rematar ao lado do alvo.
Já com China em campo – substituiu João Delgado aos 66 –, o Vitória viu o Vasco da Gama criar perigo num remate de fora da área de Edmilson Gomes, aos 75 minutos, que levou a bala a passar perto do poste esquerdo da baliza de Pardana. À entrada para os últimos 10 minutos do jogo, os sadinos Diogo Carvalheira e Zé Mário entraram para os lugares de André Gomes e Leo Chão. As mudanças não tiveram efeitos práticos e o 2-0 manteve-se até ao final.
