Dores Meira acusa CDU e PS de “conluio” para prejudicarem a sua candidatura em Setúbal

Dores Meira acusa CDU e PS de “conluio” para prejudicarem a sua candidatura em Setúbal

Dores Meira acusa CDU e PS de “conluio” para prejudicarem a sua candidatura em Setúbal

“Alimentaram uma campanha difamatória contra mim para prejudicar esta nossa candidatura”, disse Maria das Dores Meira

A candidata independente à Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, que tem o apoio do PSD e do CDS-PP, acusou na passada quinta-feira os cabeças de lista do PS (Fernando José) e CDU (André Martins) de “conluio e perseguição política” para a prejudicarem.

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“Os candidatos do PS e da CDU, em conluio, criaram e alimentaram uma campanha difamatória contra mim para prejudicar esta nossa candidatura à beira das eleições, mas a montanha pariu um rato. E, ao fim de quatro anos com a minha vida a ser passada a pente fino, nunca me chamaram [à justiça]”, disse.

“Espero que tenham investigado tudo, mesmo tudo, que tenham levantado o sigilo bancário, que tenham investigado tudo o que foi feito, porque, se investigaram, encontraram só muito trabalho”, acrescentou Dores Meira, que falava a centenas de pessoas num comício-concerto com a banda UHF, Toy e o cantor lírico setubalense João Mendonça, na placa central da avenida Luísa Todi, na cidade de Setúbal.

As suspeitas sobre alegadas irregularidades de Maria das Dores Meira, que cumpriu três mandatos consecutivos como presidente da Câmara de Setúbal, eleita pela CDU em 2009, 2013 e 2017, surgiram após uma notícia do jornal Público de 29 de agosto de 2024 e uma investigação da estação televisiva SIC transmitida a 23 de outubro do mesmo ano sobre a alegada utilização abusiva dos cartões de crédito do município sadino e recebimento indevido de ajudas de custo no mandato de 2017/2021.

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Na sequência destes dois trabalhos jornalísticos, a maioria CDU na autarquia sadina e os eleitos do PS aprovaram a realização de uma auditoria que detetou a “acumulação indevida de ajudas de custo com despesas pagas por cartão de crédito, utilização de verbas municipais para fins de natureza pessoal ou recreativa e ausência de documentos justificativos para diversos movimentos bancários, que configuram potenciais violações dos princípios da legalidade, da prossecução do interesse público” durante o último mandato autárquico (2017/2021) de Maria das Dores Meira.

A ex-autarca da CDU garantiu que a auditoria externa encomendada pelo município é mais um elemento de “perseguição política” e promete esclarecer tudo depois de ter acesso aos documentos que já pediu por duas vezes ao município sadino.

“Sobre discrepâncias de quilómetros, ou de sobreposições de agenda, teremos a oportunidade de clarificar tudo quando tiver acesso aos documentos. Vou clarificar tudo em sede própria e não quero alimentar este lixo mediático, não é essa a minha forma de fazer política. Quero fazer campanha, dar a conhecer as nossas propostas e os nossos candidatos, que são fantásticos”, disse.

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Confiante de que poderá voltar a ganhar as eleições autárquicas em Setúbal, Maria das Dores Meira promete avançar com um projeto para a habitação “para que as pessoas possam pagar uma casa consoante os seus rendimentos” e “para que os jovens possam encontrar casa no concelho e não tenham de sair de Setúbal”.

“Melhorar e construir novos centros de saúde (…), requalificar as escolas que o Governo do PS deixou ao abandono quando as passou para o município”, ter um “protocolo com a Associação Nacional de Farmácias para medicamentos mais baratos, como já têm outros municípios” e uma aposta na “videovigilância, numa polícia municipal e melhor iluminação pública” para haver mais segurança, foram algumas promessas de Dores Meira. 

Nas eleições autárquicas de 12 de outubro, além de Maria das Dores Meira, candidatam-se André Martins (CDU), Fernando José (PS), António Cachaço (Chega), Daniela Rodrigues (BE), Flávio Lança (IL), André Dias (Livre), Cláudio Fonseca (ADN) e Mariana Crespo (PAN).

A CDU, que obteve 34,4% dos votos nas eleições autárquicas de 2021, governa a Câmara de Setúbal com uma maioria relativa, dado que tem apenas cinco eleitos. O PS (27,67%) tem quatro eleitos e o PSD (16,57%) apenas dois.

NR: Foi alterada a data do comício referida no texto, de sexta-feira para quinta-feira

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