Mais de 1 milhão e 500 mil cigarros ilegais foram apreendidos na mega-operação “Last Smoke”, realizada pela GNR e dirigida ao contrabando de tabaco em Setúbal e Lisboa.
Oito pessoas de nacionalidade portuguesa e espanhola, com idades compreendidas entre os 33 e os 67 anos foram detidas e indiciadas da prática dos crimes de contrabando qualificado, associação criminosa, fraude fiscal, posse de arma proibida e tráfico de estupefacientes.
Uma operação que encerrou ontem e, segundo anunciou a Guarda Nacional Republicana, visou o desmantelamento de uma “rede criminosa internacional que, de forma dissimulada e fraudulenta, se dedicava à introdução de produtos de tabaco em território nacional, que depois distribuía para comercialização ilícita nos distritos de Lisboa e Setúbal”.
No âmbito da acção, foram realizadas feitas 29 buscas, das quais nove domiciliárias e outras 20 não domiciliárias, a armazéns e veículos, resultando na apreensão de 339 300 cigarros de várias marcas, 49 quilos de folha de tabaco e 33 865,00 Euros em dinheiro.
Durante a operação foram também apreendidas 3 704 doses de haxixe, 11 veículos, uma pistola elétrica, uma pistola calibre 6,35 milímetros, uma arma de arremesso e diversos artigos utilizados para triturar, acondicionar e embalar a folha de tabaco.
A operação foi desencadeada no âmbito de uma investigação que decorria há cerca de um ano, e ao longo da qual foram detidos um total de 13 suspeitos, apreendidos cerca de 1 690 quilos de folha tabaco (que dariam para produzir na cerca de um milhão e 690 mil cigarros) e 538 mil cigarros manufaturados que, se tivessem sido introduzidos no consumo, se traduziriam numa vantagem patrimonial ilegítima de cerca de 471 mil euros.
Nesta operação, participaram 50 militares da Unidade de Acção Fiscal, com a colaboração do Comando Territorial de Setúbal e da Unidade de Intervenção, bem como da PSP.