Deco Proteste recolheu dados quanto ao preço da fatura da água anualmente para o consumo por 120 m³ e 180 m³
Almada é o concelho onde a fatura anual da água é mais cara, tendo em conta todos os municípios do distrito de Setúbal. Na região os preços, numa estimativa de consumo de 120 metros cúbicos (m³) anuais, vão desde os 328,94 euros (Almada) até aos 202,35 euros (Sines).
Três dias antes de se assinalar o Dia Nacional da Água o jornal Público analisou os dados recolhidos pela Deco Proteste que tem como base a estimativa em dois tipos de consumo: o valor pago por 120 m³ anuais e o preço médio de consumo de 180 m³.
No primeiro indicador o município almadense destaca-se com o valor mais alto, mas seguem-se Sesimbra (321,58 euros), Montijo (306,08 euros), Barreiro (285,34 euros), Setúbal (284,77 euros), Alcochete (276, 96 euros), Palmela (256,19 euros), Moita (252,75 euros), Santiago do Cacém (244,77 euros), Seixal (242,13 euros), Alcácer do Sal (209,66 euros), Grândola (206,46 euros) e Sines (202,35).
Outro dado recolhido é o preço da fatura da água anualmente para o consumo de 180 m³ onde o concelho onde a fatura maior continua a ser Almada (450,71 euros) e o menor também Sines (298,69 euros).
A ocupar os restantes onze lugares estão Santiago do Cacém (433,2 euros), Montijo (428,35 euros), Sesimbra (426,53 euros), Setúbal (422,75 euros), Barreiro (413,97 euros), Alcochete (397,82 euros), Moita (374,58 euros), Seixal (361,66 euros), Palmela (354,61 euros), Grândola (309,56 euros) e Alcácer do Sal (284,42 euros).
Tendo em conta a média nacional a Deco Proteste refere que a diferença, entre concelhos, chega a ultrapassar os 400 euros. No entanto, referem alguns dados importantes.
Um dos quais, com mais importância para a região tem que ver com o território em seca desde maio de 2024, que está nos 48%. A seca em toda a região do Algarve já se faz também sentir nos concelhos do Litoral Alentejano. Outro dado é que 40% ou mais é quanto pode aumentar a fatura da água se consumir mais 5 metros cúbicos por mês e ainda que 162 milhões de metros cúbicos de água já tratada e desperdiçada nas redes de abastecimento em 2022. “Nos últimos 10 anos, o somatório das perdas corresponde a mais de 840 milhões de euros que chegariam para cobrir mais de 30% do investimento necessário para renovar a rede”, explicam ainda no portal Deco Proteste Sustentabilidade.