Carlos Albuquerque: “Vamos sentir os efeitos de sermos considerados de excelência ”

Carlos Albuquerque: “Vamos sentir os efeitos de sermos considerados de excelência ”

Carlos Albuquerque: “Vamos sentir os efeitos de sermos considerados de excelência ”

O diretor regional do ICNF considera que a Arrábida passa a ter valor acrescentado e que vai agora despertar maior interesse junto do sector turístico e de investidores

Carlos Albuquerque, diretor regional do ICNF de Lisboa a Vale do Tejo, não tem dúvidas: a classificação da Arrábida como Reserva da Biosfera “é uma espécie de garantia de um território de excelência”, que vai contribuir para alavancar o desenvolvimento económico desta região, desde logo a começar pelo turismo. Mas não só.

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“Acima de tudo vamos entrar numa rede que tem mais promoção de produtos de excelência, digamos, de destinos de excelência, territórios de excelência. Pode ser procurado, não só por turistas, também por investidores, por empresas que se queiram aqui situar”, considera, antes de dar um exemplo: “Um concurso de vela que tenha o Porto de Setúbal [como anfitrião], de repente tem outro glamour. Quando formos concorrer com outros territórios, temos este valor acrescentado. Vamos sentir os efeitos de sermos considerados de excelência”.

O território da Arrábida “em si já é classificado”, mas, sublinha, “a questão da biosfera é diferente”. “É uma integração harmoniosa do homem na paisagem, é um equilíbrio de atividades, e este galardão aumenta e traz todo um novo tipo de turismo de qualidade que nos interessa.”

Com este reconhecimento internacional, reforça Carlos Albuquerque, a Arrábida e os três municípios que a compõem vão colher “a médio-prazo dividendos de procura”. “Porque amanhã há encontros de cidades que são reservas da biosfera, há encontros de territórios de excelência, de sustentabilidade, e Setúbal, Palmela e Sesimbra vão começar a aparecer também nesses fóruns”, frisa.

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Além disso, esta classificação deve abrir portas para uma outra dimensão no domínio da captação de financiamentos.
“Vamos lutar para que tenhamos mais investimento, porque as responsabilidades são maiores. Já não estamos a manter só um espaço verde. Com todo o respeito, isto não é um jardim urbano, estamos a falar de um património mundial, estamos a falar de uma reserva da biosfera, além de ser área protegida, de ser rede natura”, sublinha. “Os fundos, os apoios, os investimentos do Estado e de todos os projetos, a que nós vamos buscar financiamento, têm de ter isto em conta. Estamos a trabalhar com territórios que são mais exigentes e, portanto, também têm de ter mais investimento”, sublinha.

O ICNF, adianta Carlos Albuquerque, vai “continuar a procurar modelos de gestão participativos”, que envolvam, “os municípios, também ONG’s, associações profissionais, sociais, para que quem está no território tenha sempre presente que tem de ter um padrão de excelência”. “Vamos lutar para que o modelo de co-gestão seja adotado também por estes três municípios [Setúbal, Palmela e Sesimbra], para que todos possamos maximizar a captação de fundos”, junta.

O facto de o anúncio ter sido feito na China “é um bom prenúncio para a reserva da Arrábida”. “É um universo potencial de turismo, que, de certeza, vai ter curiosidade pela Arrábida, ainda para mais com todo este perfume de novidade”, realça, a concluir.

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