Um formador sem fronteiras

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Um formador sem fronteiras

“Os problemas da educação sempre me interessaram muito”

Natural de Lisboa, de olhar profundo e um grande coração, Jorge Pinto, antigo Professor e Presidente do Conselho Técnico-Científico (2010-2018) da Escola Superior de Educação, abriu o livro sobre a sua vida profissional, assim como o fazia para ensinar os seus alunos, “entrei em 86 quando começaram a desenvolver algumas atividades, a minha vida é ligada à educação”. A paixão notória pela pedagogia, é transmitida pelas suas palavras, que contam uma estória antiga, desde o início da sua carreira profissional no Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida como professor de Psicologia da Educação “foi uma instituição que, digamos, que eu tive alguma influência”. Jorge Pinto sempre teve uma visão de progresso e aprendizagem constante, um dos seus principais objetivos foi sempre o de desenvolver as capacidades dos seus alunos, sendo um dos impulsionadores da criação do curso de Animação Sociocultural, “interessei-me muito em determinada altura, sobre as questões da educação informal, que, de certo modo, cruzam a animação”. A ESE, escola onde passou três décadas, teve um significado preponderante na vida do professor “uma realização pessoal, eu sempre gostei muito de dar aulas, e acho que tinha um clima, chamemos assim, muito particular”. Guiné, Moçambique, Cabo Verde e Angola, uma jornada repleta de desafios marcada pela educação e formação de professores, segundo Jorge Pinto “o pioneirismo está na ESE, ser capaz de concorrer a estes projetos”. Além de docente, teve um papel de grande importância como Presidente do Conselho Técnico Científico, órgão esse que serve como espaço fundamental para a discussão e desenvolvimento de políticas educacionais. Ao olhar para trás, a escola não foi apenas uma oportunidade para celebrar conquistas, mas também um momento para refletir sobre os caminhos trilhados e as escolhas feitas “arrependo-me muito da centralização que tem havido no Politécnico, acho que é uma coisa que não deixa respirar as escolas”. Jorge Pinto, um pensador sobre a evolução da educação, nunca equacionou em ser Presidente da escola “fazia-me mais sentido conversar com as pessoas, construir consensos, do que ser Presidente”.//Com uma longa vida dedicada à educação, o professor ainda tem uma grande paixão em aprender e continuar a estudar “os problemas da educação sempre me interessaram muito porque é a formação do cidadão do amanhã”. A ESE, sítio tão emblemático e que tanto o acompanhou durante a sua carreira, onde sonhou, aprendeu e se dedicou. Na memória ficam palavras de um professor que sempre glorificou a instituição a que pertenceu “solidariedade e competência são duas questões que eu acho que definem bem”.

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