Uma carreira dedicada à matemática e à informática
Com apenas 21 anos, iniciou a carreira docente ao ensinar a alunos do secundário, “tinha quase a idade deles quando comecei”. Licenciado em Matemática, no ramo de Probabilidades e Estatística, descobriu “o gosto por computadores na universidade, quando estava no terceiro ano”. Foi quase sem querer que se tornou professor. Tinha um profundo apreço por informática e “gostava muito das cadeiras de programação”. A falta de docentes, juntamente com uma proposta para lecionar Introdução às Tecnologias da Informação, “deu início ao meu percurso como professor do ensino secundário”. Já com experiência em diversas escolas do país, na área da informática, “fui fazer uma oficina de formação à ESE”, com o professor José Duarte “e ele viu o meu gosto pelas tecnologias”. No ano seguinte, foi convidado a fazer parte do Centro de Competências de TIC (CCTIC), da Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Setúbal. Em 1998, iniciou a colaboração com o projeto informático e, posteriormente, propuseram-lhe iniciar a carreira docente na instituição. Foi então no ano 2000, “talvez em 1999, que eu comecei a dar as primeiras aulas, a tempo inteiro, na ESE”. Para além de professor, esteve quatro anos no Departamento de Tecnologias de Informação e Comunicação e, com o CC TIC, na Direção-Geral da Educação (DGE), participou em projetos relativos às tecnologias educativas. Durante o percurso na ESE, “fiz o meu mestrado em Didática Informática com Uso das Tecnologias”, juntando as duas áreas de interesse. Com a camisola da ESE vestida, “gostei muito de trabalhar com África”, desenvolveu projetos, como o GE10s e o NONIO, “fui membro do Conselho Pedagógico” e integrou a Comissão de Horários, “para aí uns 10 anos. Atualmente, coordena o CCTIC e é Presidente do Júri de Equivalências”. // Ao relembrar o início da carreira, “uma altura em que as tecnologias eram uma coisa nova”, não esquece quem o acompanhou. Relembra a professora Rosário Rodrigues, Ana Pessoa, professor José Eduardo, Miguel Figueiredo, entre outros docentes “que, entretanto, foram saindo”. Recorda os momentos em que “íamos muito à ESE, passávamos lá todos os dias a pensar em projetos”. Revela que gosta de lecionar na instituição, mas “destacaria aqueles primeiros anos da ESE em que gostei muito de trabalhar lá”. // O professor considera-a um local de investimento, “porque aprendi muito aqui, acho que cresci muito profissionalmente”. Intitula-se uma pessoa de “espírito curioso”, que procura conhecimento. Embora acredite que não tenha “grandes sonhos nem aspirações”, espera ter a oportunidade de investigar e aprofundar-se sobre tecnologia educativa, que junta as áreas a que dedicou grande parte da carreira: a Informática e a Educação.