A ciência da educação

A ciência da educação

A ciência da educação

Uma missão pelo ensino

Com um sorriso, José Duarte, um dos primeiros professores da casa, acena, já sentado, confessa o entusiasmo que sentira por ter sido lembrado e numa conversa emotiva realça os melhores momentos que a instituição lhe proporcionou.// A sua trajetória académica não foi linear, apesar de ter ingressado no curso de eletrotécnica veio a descobrir a verdadeira paixão no ensino. Durante o quinto ano de licenciatura decide largar tudo para ir atrás do seu sonho “Quando eu abandonei o técnico toda a gente deitava as mãos à cabeça, isto era de loucos”. //Ao recordar a época em que praticava andebol, o rosto fica imediatamente iluminado e, numa expressão pávida, realça a importância da Revolução dos Cravos na descoberta do seu fascínio pela educação. “Esse grupo desportivo era um grupo de jovens, que naquela altura, antes do 25 de Abril, se tornou uma lufada de ar fresco”, foi assim que abriu o primeiro capítulo de um livro que ainda estava fechado. Orgulhoso, esboça um sorriso ao relatar como foram algumas das suas experiências num projeto empreendedor proposto pela instituição. Consistia num acordo entre países africanos cujo objetivo visava a formação de professores e conta como a terra da diversidade apresenta “Uma grande carência de educação, instalações e professores qualificados”. Sabiamente expõe alguns dos momentos mais impactantes que presenciou: “Miúdos a trazerem a cadeirinha de casa, juntamente com a mochila, chegarem à escola, sentarem-se à volta de uma árvore, alguém vai buscar o quadro, que é assim um cartão dobrado. Não têm mesa, escrevem com o caderno nos joelhos, e, portanto, tomam notas, aprendem assim”. /Conhecido como alegre e motivador, estimado por muitos colega, surpreende com a perspetiva que tem acerca do ensino “Há muita gente que sabe da ciência e é completamente incapaz de ensinar, porque não é capaz de motivar, de falar ao nível dos alunos, de ter uma linguagem adequada e de ter empatia”. O ensino visto como a ponte para o futuro, a luz que ilumina o caminho, deve ser encarado com brandura. /“Qualidade”, respondeu sem hesitar ao ser questionado sobre aquilo que, para si, definia a instituição. Revela a luta e a preocupação para que a qualidade fosse sempre uma prioridade, reflete breves segundos “empatia, solidariedade, trabalho de equipa”. Por fim, aconselha as futuras gerações, pois “as raízes são sempre os alunos” evidenciando a importância de levarmos connosco amigos e contactos, para nunca deixarmos estagnar as vivências que perduram em nós.

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