A Perspetiva de Isabel Rosa

A Perspetiva de Isabel Rosa

A Perspetiva de Isabel Rosa

Fazer parte de um grupo que promove a mudança 

O começo da Escola Superior de Educação marca a sua presença, que em 1985 recebe o convite para integrar aquela que foi a sua “casa” até 2000, através do reconhecimento do seu trabalho, com base na escola moderna ao nível da dinâmica do conhecimento na área da educação, permitindo-lhe ter uma abordagem diferente relativamente ao planeamento dos trabalhos escolares. Afastando-se daquilo que foi a sua formação base, farmacêutica, inicia o papel de orientadora pedagógica para a profissionalização, “desenvolvendo trabalho ao nível da formação em serviço e depois também na formação inicial, na área das ciências e matemática”, isto é, direcionada aos docentes que trabalhavam na escola e aos cursos de formação inicial para futuros professores. Abraça a área da comunicação, onde salienta projetos “extraordinariamente aliciantes”, como a Escola da Primavera de educação para a saúde, que trouxe à ESE pessoas da Europa inteira e ainda as produções de audiovisual, exposições de fotografia e outras atividades que “gostei muito de fazer”. Destaca o projeto TV escolas, como mais significativo pois “ligava a necessidade de se conseguir facilitar aos alunos uma leitura mais crítica e inteligente das mensagens veiculadas pelos media”. Defende que “era uma escola muito desafiante, onde éramos incentivados a desenvolver no fundo tudo o que nos viesse à cabeça, fomentando a criatividade, o pensamento crítico e criar projetos que, no fundo, aplicassem estas visões na instituição e nos meios de comunicação social”. Sendo assim, ao longo do percurso esteve empenhada nestas duas vertentes, a pedagogia e a multimédia, que cresceu da enorme atração pelo cinema, realizando cursos e acabando por fazer um mestrado em comunicação educacional multimédia, procurando sempre mais conhecimento. Escolhe a palavra entusiasmo para descrever a melhor experiência profissional que teve, pelo forte trabalho em equipa, com Ana Pessoa e Margarida Graça, “duas pessoas que para mim são basilares no trabalho que realizei” e a intervenção comunitária com as escolas e entidades do distrito. Acredita fazer “parte de um todo, onde nós éramos um conjunto que tentávamos promover a mudança”, fomentando “o gosto de experimentar, inovar e escrever”, tendo como objetivo tornar futuros professores comunicadores mais capazes, com espírito científico e crítico aguçados. Isabel Rosa, 72 anos, descreve-se como “dinâmica”, “criativa”, “teimosa” e “empenhada”, que agora com tempo aproveita para viajar e descansar, não esquecendo a paixão pela produção de vídeos e cinematografia. Vê o futuro da ESE como promissor, numa perspetiva de comunidade mais aberta e raízes mais estabilizadas, e projeta como sonho “que este momento complicado que nós estamos a viver, passasse rapidamente, esta falta de ética, esta falta de respeito pelos povos”, de maneira a voltarmos a um mundo mais saudável e solidário.                                                                                                        

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