Do Algarve ao Minho 

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A arte de vestir o casaco do Teatro e da Educação 

Fernando Casaca, um nome que ecoa no mundo artístico, personifica uma paixão incessante pela expressão de encenar e ensinar. Natural da bela região de Setúbal, uma cidade que na sua infância ainda tinha um caráter provinciano, encontrou no teatro, desde cedo, uma forma de realização pessoal. Esse caminho levou-o ao Instituto Politécnico de Setúbal e a várias outras instituições de ensino.Desde cedo, o seu fascínio foi despertado com uma apresentação de uma peça de Teatro de Animação de Setúbal na sua escola primária. Essa experiência teve um impacto profundo e plantou a semente da arte de representar, que floresceu ao longo da sua vida. A sua formação académica iniciou-se em 1980 na Escola Superior de Teatro e Cinema, do Instituto Politécnico de Lisboa, onde se especializou em Dramaturgia. Completou um mestrado em Estudos de Teatro pela Universidade de Lisboa, uma base acadêmica que o preparou para uma carreira multifacetada como ator e professor. // Quando questionado sobre o momento mais marcante, a hesitação é notável na escolha de um só, “Mais de 40 anos de teatro, e tive um pouco de tudo”, afirma. Destaca, no entanto, a companhia que criou “Teatro de Fantos”, nos anos 90. Com bastante ambição e humildade, o seu objetivo é sempre que “o próximo espetáculo seja o melhor”. Fernando Casaca chegou ao IPS em 1998, encontrou na Escola Superior de Educação um espaço de partilha e inovação. A preferência de trabalhar com jovens adultos, foi o principal motivo da sua escolha. Porém, os belos espaços verdes do campus e a sala de teatro, foram locais de transformação e inspiração jamais esquecidos. Hoje, ao olhar para a sua trajetória em Setúbal, valoriza os reencontros com ex-alunos espalhados por todo o país, “do Algarve a Trás-os-Montes, ao Minho”. Ao descrever a ESE numa palavra, demonstra um enorme cuidado e, após alguma reflexão, escolhe “partilha ou partilhas, plural”, resumindo o espírito colaborativo e transformador da instituição, não só para os alunos como para todos os docentes. // Quando questionado sobre quem é, Fernando Casaca reflete “Eu sou aquilo que penso que sou, sou aquilo que os outros veem em mim, e aquilo que hei de fazer ainda”. Descreve-se como persistente, companheiro e criativo, características que definem a sua personalidade, mas também o legado que deseja deixar a futuros atores e alunos. No final, surge um sorriso enorme ao recordar tudo o que falou e refletiu sobre o poder da arte em transformar vidas e moldar comunidades. Esta jornada de trabalho e resiliência é um testemunho de que a paixão continua viva nas pessoas que fazem o que amam, refletindo a essência de representar e o prazer de ensinar.

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