A raiz quadrada da educação

A raiz quadrada da educação

A raiz quadrada da educação

“Vale a pena estar aqui”

Entre divisões e subtrações, Fátima Mendes acrescenta mais uma matriz à sua história: “eu sempre gostei de ser professora, desde muito jovem, considerei que era uma profissão adequada às minhas características pessoais” [esboça um sorriso]. Em 1988, iniciou o seu percurso na ESE, o encanto que sente pela educação aliado ao fascínio nutrido pelos números não passam despercebidos “dentro da profissão, gosto da matemática e gosto da didática da matemática, ou seja, ensinar aos outros como se deve promover a sua aprendizagem”, sublinha ainda “sempre encarei a profissão de professor como nobre”. A sua expressão transmitia um misto de emoções, aliás, uma dicotomia entre felicidade e timidez, começa por confidenciar que outra das suas grandes paixões passa por “tirar fotografias a paisagens, coisas bonitas”. Ao refletir sobre a preponderância do papel que os docentes representam na educação, realça: “um aspeto que eu acho que às vezes falta, que um professor deve ter, mas também tento que os meus alunos tenham, é promover a empatia”, torna-se essencial compreender o ponto de vista do outro, uma vez que não sabemos as verdadeiras razões por detrás das atitudes “é olharmos para os nossos estudantes não apenas como o estudante, mas também a pessoa que está ali”. A verdade é que fazer a diferença começa nos mais ínfimos pormenores como “o saber ouvir para além daquilo que estamos a ensinar e para além dos conteúdos, é também uma característica que eu tento ter em muitas circunstâncias”, revelando ser um ombro amigo reconfortante para os seus alunos. Confessa [entre uma pausa] “eu quero ser lembrada como uma boa professora e uma boa pessoa, ou seja, alguém que se preocupa com os outros”.  A Escola Superior de Educação tem sido o pilar fundamental para a formação de bons profissionais “acho que nós sempre tentámos transcender um pouco aquilo que ensinamos na disciplina, portanto, usar um bom ambiente”, entre memórias e lembranças [pensativa] relembra: “há o hino da ESE que termina com o vale a pena estar aqui, eu acho que isso é um lema que todos nós temos na nossa mente” e procura transmiti-lo da melhor forma possível “eu tento fazer, com que os estudantes sintam que vale a pena estar aqui, por todas as aprendizagens, pelo convívio e pelo trabalho colaborativo”. Numa conversa intimista o ambiente era de conforto, salienta, por fim, que sente um enorme desejo “gostaria que a ESE fosse uma das escolas de referência em termos do ensino que faculta aos seus estudantes”, relativamente a planos futuros não há muito a acrescentar “faltam poucos anos para a reforma e tento vivê-los o melhor possível” culmina.

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