A melodia do ensino

A melodia do ensino

A melodia do ensino

Do primeiro acorde ao palco formação

Foi na harmonia do ensino que o docente Carlos Xavier encontrou a sua clave de sol. Começou por estudar no Conservatório da Covilhã, depois no Conservatório Nacional, e por fim, ingressou na licenciatura em Professores de Educação Musical do Ensino Básico na Escola Superior de Educação. Durante esta última, em 1995, quando ainda estava no final do primeiro ano, recebeu um convite do professor José Carlos Godinho, para lecionar na instituição e no curso que frequentava, “dava aulas aos alunos do terceiro ano, estando eu no segundo”, “foi um bocadinho complicado”. Como ainda era estudante, foi-lhe dado o título de monitor, só mais tarde após se licenciar, em 1997, é que ingressou como professor assistente, um caminho “seguido e natural”. Desde então, tem vindo a inovar a ESE através de, “sistemas de gravação”, “mesas de mistura” e uma nova vida ao ensino musical, que agora conta com guitarras elétricas, teclados, etc. A sua paixão pelo mundo das partituras começou em criança, quando ainda no seu país de origem, a Índia, teve aulas de estudos musicais, com um padre jesuíta que se apercebeu do seu dom especial, uma característica chamada “ouvido absoluto”, que consiste em ouvir tudo em simultâneo. Foi aos 10 anos que, desafiado pelo seu mentor deu o primeiro concerto.   Reside em Portugal desde 1972, atualmente, vive em Setúbal, mas não esquece a sua cidade do coração, Goa, onde vai todos os anos visitar a família que mantem a mesma casa há cinco séculos e onde se sente “um peso muito grande da história”. Acredita que, quando sair da instituição localizada na Freguesia de São Sebastião, aquilo de que provavelmente vai sentir mais saudades é “dos bons momentos que vivi na escola”. Aos 55 anos, descreve-se como alguém “criativo”, “dedicado”, “transformador” e “inclusivo”, nos seus tempos livres é “músico”, “produtor” e “compositor”, há cerca de 10 anos que trabalha com a população carenciada e sonha um dia comprar uma casa nos Himalaias, para viver com a mulher e a família, um lugar que já teve oportunidade de ir e onde “senti uma coisa que nunca tinha sentido”. Descreve a ESE através da palavra “inspirador”, o legado ou impacto que lá irá deixar, é nas áreas relacionadas com a música e a interpretação artística. Destaca o professor José Carlos Godinho como sendo a pessoa que mais o marcou na instituição, “foi quem me convidou e que confiou em mim”. Agora, transforma a sua bagagem sinfónica em harmonia para os seus estudantes. Fã do estilo pop, o docente Carlos Xavier encontrou a sua própria melodia naquela que foi a escola que o viu crescer entre ritmos, sons, notas e pautas musicais.

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