Do giz à presidência

Do giz à presidência

Do giz à presidência

“Eu sou Escola Superior de Educação”

É através das palavras “Inovação” e “Irreverência” que Ângela Lemos, a atual presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, descreve aquela que foi e sempre será a sua casa, a ESE. Há 37 anos que percorre os corredores da instituição localizada na Estefanilha, sendo a primeira diplomada do Bacharelado em Educadores de Infância. A docente acredita que, “Aquilo que eu sou enquanto profissional aprendi muito na minha formação de base”, defendendo que ganhou competências não só enquanto professora, mas também como pessoa, “Aprender a trabalhar em equipa; aprender a ouvir e escutar, e depois conseguir integrar; respeitar o outro, mesmo que o respeitar o outro não queira dizer que eu faça aquilo que o outro quer que eu faça”. Após oito anos do término da sua trajetória enquanto aluna, surgiu a oportunidade de integrar o corpo docente da ESE. Como a própria diz, “o percurso foi acontecendo, portanto, dentro da escola”, e no ano de 2016, troca as salas de aula pelo gabinete. Enquanto exerceu as suas funções no papel de diretora, crê que contribuiu para a melhoria da qualidade do ensino, e no reforço da essência da instituição “Nós conseguimos consolidar a oferta formativa, conseguimos criar novas ofertas também. Fomos criando um sentimento que já vinha a ser construído, que não surgiu só na minha direção, mas um sentimento de pertença à escola”. Por vezes a vida troca-nos as voltas e com Ângela Lemos não foi diferente, “as coisas foram acontecendo e eu fui agarrando as oportunidades”, deixando assim o seu mandato como diretora da escola de educação para integrar a presidência do instituto. Apesar do cargo que ocupa, a professora apresenta-se como “uma mulher também de convicções”, reforçando com orgulho a ligação que mantém com o edifício que a viu crescer “é ali que eu me reconheço enquanto profissional”, “eu sou Presidenta, mas eu não deixo de ser docente”, “Eu sou Escola Superior de Educação”. Lemos acredita num futuro próspero para a ESE, “vejo uma escola que seja capaz de ser interventiva na comunidade e na sociedade em geral, em diversas áreas. Desde a área da comunicação, a área do audiovisual, a área das artes, a área da inclusão. Portanto, sempre uma visão muito integrada da educação, uma educação pelo outro e para os outros”, enfatizando ainda que esta será capaz de dar uma resposta às necessidades do nosso país com bons profissionais. É sentada à mesa do seu gabinete que Ângela Lemos recorda o caminho que percorreu entre linhas brancas traçadas a giz até à presidência do IPS. Aos 55 anos, realizada com a vida que escolheu, descreve-se como “uma mãe dedicada, é uma mulher feliz com as escolhas que vai fazendo, com dias difíceis, de alguma solidão, acho que é isso. Mulher, mãe, esposa e profissional, acima de tudo” [Emociona-se].

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