Mário Tarouca: Inteligência artificial transforma vídeo em conteúdo digital para órgãos de comunicação social

Mário Tarouca: Inteligência artificial transforma vídeo em conteúdo digital para órgãos de comunicação social

Mário Tarouca: Inteligência artificial transforma vídeo em conteúdo digital para órgãos de comunicação social

Empresa portuguesa aposta no fortalecimento dos media estimulando a criatividade e reaproveitando o conteúdo com o mínimo de trabalho humano. Co-fundador explica o conceito

A Framedrop, uma startup portuguesa premiada que está na vanguarda de inteligência artificial para as empresas de media, assumiu o desafio de reaproveitar grandes volumes de vídeo em conteúdo envolvente.

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Na sua apresentação digital, a empresa informa que tudo começou com uma ideia simples, traduzida numa pergunta: e se houvesse uma maneira de seleccionar, sem esforço, os melhores momentos de horas de conteúdo? Com essa visão em mente, os criadores da Framedrop assumiram a missão de construir uma ferramenta robusta com inteligência artificial que pudesse filtrar filmagens extensas e destacar momentos-chave, tornando a criação de conteúdo mais eficiente.

“Nossa prova de conceito rapidamente ganhou força e lançamos a Framedrop em 2021. À medida que nossa expertise crescia, expandimos para oferecer suporte a podcasters em 2023. Em 2024, munidos de profundos insights do sector, assumimos um desafio ainda maior: ajudar empresas de media a escalar conteúdo sem esforço, resolvendo desafios de todo o sector, um por um.”, acrescenta a empresa.

Aproveitando a Inteligência Artificial (IA) avançada, a Framedrop resolve os desafios enfrentados pelas empresas ao lidar com filmagens ao vivo após o término da transmissão. Editoras, emissoras e empresas de mídia frequentemente enfrentam dificuldades para extrair conteúdo valioso com eficiência, criar artigos oportunos e manter o engajamento do público.

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Em entrevista a O SETUBALENSE, o co-fundador e ainda um dos responsáveis da empresa, explica melhor o conceito e como tem sido a experiência neste primeiro ano de trabalho com os órgãos de comunicação social em Portugal.

Como surgiu a Framedrop e qual foi o problema concreto no sector dos media que procuraram resolver?

A Framedrop nasceu para resolver um problema claro nos media: a dificuldade em transformar rapidamente vídeo em conteúdo digital escalável. Vimos equipas com pouco tempo e recursos a tentar fazer tudo à mão, como clipes, artigos, redes sociais. Decidimos automatizar esse processo.

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Quais são as principais tecnologias de inteligência artificial utilizadas pela Framedrop?

Usamos inteligência artificial para analisar vídeo, identificar momentos relevantes e gerar tanto clipes prontos a publicar como artigos completos, com base em guidelines editoriais, estrutura clara e foco em SEO. É tudo feito com modelos de visão computacional, NLP e reconhecimento de fala.

Tendo em conta o contexto português, em que medida a Framedrop pode ajudar órgãos de comunicação social com equipas reduzidas e recursos limitados?

Redacções com equipas pequenas ganham superpoderes: conseguem transformar entrevistas ou reportagens em dezenas de conteúdos (clipes, artigos, headlines) em minutos. Isso permite publicar mais rápido, com maior qualidade e maior impacto digital, sem comprometer a linha editorial.

Que tipo de retorno sobre o investimento têm observado nos vossos clientes dos media?

Os nossos clientes vêem uma redução de 30% a 50% em custos de produção e um aumento significativo no tráfego orgânico (devido à optimização de SEO). Já tivemos casos em que o conteúdo gerado com Framedrop trouxe mais visualizações e cliques do que os criados manualmente, com muito menos esforço.

Já existem parcerias com meios de comunicação portugueses? Se sim, que resultados têm sido observados?

Trabalhamos com os maiores grupos de televisão e rádio de media portugueses e os resultados têm sido promissores: mais conteúdos, maior alcance e menos pressão sobre as equipas.

Como adaptam a vossa tecnologia à língua portuguesa e ao contexto cultural e mediático nacional?

A tecnologia já está adaptada ao português europeu, e estamos sempre a melhorar para respeitar o contexto cultural e editorial nacional.

Qual é a vossa visão para a adopção de inteligência artificial nos media portugueses nos próximos três a cinco anos?

Nos próximos três a cinco anos, acreditamos que a IA vai estar presente em todo o ciclo de produção de conteúdos. Não para substituir ninguém, mas para acelerar o trabalho jornalístico e amplificar o alcance.

Estão disponíveis para projectos-piloto em Portugal? Como podem os nossos leitores saber mais sobre a Framedrop?

Claro que sim, estamos abertos a novos projectos-piloto em Portugal. Quem quiser saber mais pode visitar framedrop.ai ou falar connosco directamente.

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