Capitão do Porto de Setúbal e comandante local da Polícia Marítima explicou que a inativação foi feita “através de explosões controladas no local” e “sem incidentes e em segurança”
Mergulhadores da Marinha inativaram mais dois engenhos explosivos à base de fósforo habitualmente usados em exercícios militares encontrados em praias da zona da Comporta, Grândola, aumentando para três o total detetado esta semana.
Em comunicado divulgado hoje, a Marinha revelou que, além de um primeiro engenho encontrado na segunda-feira, na praia da Comporta, que foi inativado, mais dois foram detetados e inativados às 21 horas de quarta e pelas 22 horas de quinta-feira.
De acordo com a Marinha, as operações foram efetuadas, em segurança e sem incidentes, pela equipa de inativação de engenhos explosivos do Destacamento de Mergulhadores Sapadores n.º 1 (DMS1) da Marinha.
Segundo o ramo das Forças Armadas Portuguesas, são engenhos “do tipo fumígeno, que terão sido arrastados pelo mar e encontrados na Praia da Malha da Costa [a norte da Comporta] e da Comporta”, no concelho de Grândola.
As operações, referiu, foram realizadas em coordenação com a Capitania do Porto de Setúbal e contaram com o apoio da Polícia Marítima e dos Bombeiros Voluntários de Grândola.
Contactado esta sexta-feira pela agência Lusa, o capitão do Porto de Setúbal e comandante local da Polícia Marítima, Marco Serrano Augusto, explicou que a inativação dos três engenhos foi feita “através de explosões controladas no local” e reforçou que “tudo decorreu sem incidentes e em segurança”.
Segundo o responsável, trata-se de um tipo de engenhos de fósforo que “servem para fazer a sinalização de operações na água” e que podem vir a arrojar à costa naquela zona, ou seja a aparecer nos areais por causa das marés, devido aos “exercícios que ali se fazem de cariz militar”.
“Contendo fósforo, têm um cariz explosivo e têm que ser denotados”, referiu Serrano Augusto.
No comunicado, a Marinha destacou a “importância de não manusear ou remover engenhos explosivos ou objetos suspeitos”.
“Em caso de deteção, contacte imediatamente as autoridades locais e mantenha uma distância segura, ajudando assim a garantir a segurança de todos”, aconselhou.