A “Semana do Mar e do Pescador” está de regresso a Setúbal de 23 de Maio a 2 de Junho. Um evento que os autarcas Manuel Pisco, Nuno Costa, José Belchior e Rui Canas assumem como símbolo do futuro de Setúbal
A “Semana do Mar e do Pescador” reúne pela primeira vez todas as freguesias ligadas ao rio e ao mar, com a participação da União das Freguesias de Setúbal, Junta de Freguesia de São Sebastião e Junta de Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra.
Na 4ª edição da “Semana do Mar e do Pescador” o vereador Manuel Pisco destaca “o programa mais vasto de sempre”, com 67 actividades e decorrer ao longo de 11 dias, de 23 de Maio a 2 de Junho. Um reflexo da característica indissociável de Setúbal, “com a ligação ao mar, aos pescadores e às suas especialidades de mar como é o caso das ostras”. Características que, na visão do vereador, “justificam que haja eventos com programas que têm que ver com a vida do mar e a economia de mar”.
Entre os parceiros que apoiam a iniciativa o vereador distinguiu a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, a Mutua dos Pescadores, o Instituto Politécnico de Setúbal, a Associação de Pesca Artesanal – Setúbal Pesca, a SESIBAL, a Comunidade Piscatória de Gâmbia, a Associação Família do Mar, a DOCAPESCA, o Centro de Formação Profissional das Pescas e Mar FOR-MAR, a Eco-Oil, a Comissão de Festas de Nossa Senhora do Rosário de Tróia, a Comissão do Círio do Senhor do Bonfim, Comissão do Círio de Nossa Senhora da Arrábida e a Associação Portuguesa de Aquicultores.
“Setúbal é uma cidade de mar. Setúbal é a cidade do rio azul”, recorda Manuel Pisco. “E portanto tem a missão de tornar mais visíveis as componentes ligadas ao mar”. A par da economia e da cultura ligada aso mar, o vereador reforçou ainda a importância de manter presente o debate sobre “as questões relacionadas com a protecção ambiental do mar e sustentabilidade, cada vez mais urgentes”.
Freguesias do mar e das suas gentes
Nuno Costa, presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, afirma a primeira de participação desta freguesia na “Semana do Mar e do Pescador” como um importante momento para reunir as comunidades piscatórias de todas as freguesias ligadas ao mar.
“Este ano temos um programa muito ecléctico com uma componente económica, religiosa, ambiental, cultural e de lazer”, destaca o autarca, recordando também o papel das entidades públicas numa cidade com as caraterísticas de Setúbal. “Consideramos ser um importante desiderato chamar a atenção para o que foi o passado, com as nossas tradições e identidade, mas também apontar alguns caminhos para o futuro. Uma importante responsabilidade que as autarquias acabam por cumprir com a reflexão sobre todo o que está em torno da economia do mar”, assume Nuno Costa.
Segundo o autarca, o futuro de Setúbal passará por questões que “têm que ver com o mar e por isso “as juntas de freguesia e a Câmara Municipal estão no fundo a cumprir aquilo que é a sua obrigação: chamar a atenção para tudo o que gira em torno da economia do mar”.
José Belchior, presidente da Junta de Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra defende a edição desta “Semana do Mar” enquanto prova de que, “as actividades marítimas em Setúbal têm capacidade para andar”.
Na freguesia de Gâmbia a criação de ostras “é exemplo dessa força sendo já um importante símbolo do concelho”, afirma o autarca. Uma freguesia onde “a comunidade piscatória continua a ter um papel muito activo”, assume José Belchior.
O presidente da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, destaca quatro anos de trabalho em parceria com a Câmara Municipal para desenvolver o projecto da “Semana do Mar e do Pescador”, até ser possível alcançar o que destaca com orgulho como “a versão máxima do evento”, porque “Setúbal não pode passar sem o mar. E nós acreditamos que o futuro de Setúbal estará no binómio mar e pesca”.
Uma reflexão avançada pelo autarca expondo que, muitas das actividades desenvolvidas em terra não seriam possíveis sem o mar, sendo a gastronomia o maior exemplo. “Setúbal não atingiria o patamar gastronómico que atingiu sem o nosso peixe de qualidade”. Para tal Rui Canas considera essencial manter a pesca, “como actividade económica forte, activa e economicamente rentável, para as empresas e para os pescadores”.
Foto: Alex Gaspar