Estrela de reality show acusado de tentar matar filho na Quinta do Conde planeou homicídio uma semana antes

Estrela de reality show acusado de tentar matar filho na Quinta do Conde planeou homicídio uma semana antes

Estrela de reality show acusado de tentar matar filho na Quinta do Conde planeou homicídio uma semana antes

Nuno da Silva responde por tentativa de homicídio ao filho de cinco anos, resistência e coacção sobre militares da GNR

Nuno da Silva, estrela dum antigo reality show, planeou com pelo menos uma semana de antecedência a morte do filho menor em casa na Quinta do Conde, agindo forma livre, voluntária e consciente quando drogou a criança com comprimidos, intoxicou-o com éter etílico e regou o corpo com gasolina. São estas as conclusões do Ministério Público à tentativa de homicídio do menor de cinco anos às mãos do arguido que na manhã do crime, 14 de outubro do ano passado, colocou nas redes sociais um extenso texto que indiciava a existência de uma qualquer descompensação psíquica, mas que não viria a ser comprovada por perícia psiquiátrica realizada ao arguido.

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O MP, baseado na investigação da Polícia Judiciária de Setúbal, imputa ao arguido comportamentos violentos contra os filhos, agressões com chapadas, pontapés na barriga quando estes se portavam mal ou não obedeciam e castigos em quartos escuros fechados. Um mês antes do crime, o arguido agrediu com violência o menor que viria a tentar matar por este se recusar a vestir o casaco. Em caso de condenação, o arguido pode vir a ter uma pena acessória de inibição do exercício de responsabilidades parentais.

O MP considera que no dia oito de Outubro, uma semana antes da tentativa de homicídio, o arguido dirigiu-se a uma farmácia na Quinta do Conde para adquirir éter etílico, que escondeu numa bota em casa que partilhava com a companheira e dois filhos, então com cinco e seis anos. Com esta acção, planeava matar o filho por motivos não apurados. Na manhã do crime, aproveitando que a companheira saiu de casa para trabalhar, o arguido dirigiu-se ao quarto dos filhos que ainda dormiam, administrou um sem número de comprimidos com benzodiazepinas e tricíclicos ao menor de cinco anos, molhou uma manta com éter que colocou sobre o nariz e boca da vítima e depois levou-a para o seu quarto, regando-o com gasolina. Depois saiu de casa com o outro filho, acreditando que tinha consumado o homicídio, apesar de não ter ateado fogo.

O arguido dirigiu-se a casa dos pais, deixou o filho de seis anos e ligou à GNR, afirmando que matou o filho. Foi ainda nessa manhã localizado pela patrulha da GNR numa zona de pinhal, mas agrediu os militares a soco e pontapé para evitar a sua detenção e enquanto estava a ser algemado. O menino viria a ser socorrido em casa pela mãe e sobreviveu graças à intervenção de socorristas e ao tratamento no Hospital de Setúbal.

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O arguido responde por tentativa de homicídio ao filho de cinco anos, resistência e coacção sobre militares da GNR que o detiveram e violência doméstica contra os dois filhos, praticada desde 2020, com os meninos em tenra idade, um e dois anos. 

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