Com uma vastíssima frente marítima, com dois estuários, o Tejo e o Sado, e a Serra da Arrábida, o Distrito de Setúbal dispõe de enormes potencialidades e riquezas, que podem e devem ser aproveitadas a favor da melhoria da qualidade de vida das populações e do desenvolvimento, compatibilizando-o com a proteção do ambiente.
Contudo, décadas de política direita foram responsáveis pela perda de capacidade produtiva, pela destruição de postos de trabalho, pela degradação e redução de serviços públicos, pelo sucessivo adiamento de investimentos estruturantes.
Uma perspetiva de desenvolvimento integrado e sustentável da Península de Setúbal e do Litoral Alentejano, no plano económico, social, cultural e ambiental, exige a rutura com esta opção. Não basta mudar de Governo, nem de protagonistas, é mesmo preciso outra política. Uma política alternativa que dê resposta aos anseios e aspirações das populações e do Distrito.
O compromisso eleitoral para o Distrito de Setúbal apresentado pela CDU na semana passada, assenta em quatro prioridades: a valorização do trabalho e dos trabalhadores; a aposta no desenvolvimento do aparelho produtivo, a partir do investimento público; a garantia de serviços públicos de qualidade no Serviço Nacional de Saúde, na Escola Pública, nos transportes e acessibilidades e no aproveitamento de todos os seus recursos em harmonia com a Natureza.
Desde logo, defende a melhoria das condições de vida através do aumento geral dos salários, em 15%, no mínimo de 150 euros e o aumento do salário mínimo para mil euros em junho. É possível, é justo, é necessário e é urgente. Impõe-se também o aumento extraordinário das pensões em 5%, no mínimo de 70 euros, com efeitos a janeiro de 2025, com o objetivo de aumentar o poder de compra dos reformados.
A promoção da produção nacional, a diversificação da atividade económica, a reindustrialização, o apoio à pequena agricultura e à pesca, o apoio às micro, pequenas e médias empresas, é essencial.
A concretização dos investimentos estruturantes constitui uma alavanca para a dinamização da atividade económica, designadamente o novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, a Terceira Travessia do Tejo rodoferroviária, o Polo Ferroviário do Barreiro para a manutenção e construção de material circulante, o alargamento da Rede do Metro Sul do Tejo, a conclusão do IP 8 entre Sines e Vila Verde de Ficalho.
É necessário também a construção do Hospital no Seixal, assim como o investimento nos hospitais em Almada, Barreiro, Setúbal e no Litoral Alentejano; a construção de centros de saúde; a fixação de profissionais de saúde que permita a atribuição de médico e enfermeiro de família a todos os utentes e o funcionamento adequado de serviços e valências, de entre outros, das urgências de ginecologia e de obstetrícia e de pediatria. É também necessário criar uma rede pública de creches; alargar a rede pública de educação pré-escolar; requalificar o parque escolar e construir escolas, em especial na Quinta do Conde em Fernão Ferro; construir uma rede de equipamentos para as pessoas idosas, reforçar a oferta pública de habitação da responsabilidade da Administração Central e aumentar a oferta de transporte público, ferroviário e fluvial, integrando o transporte fluvial entre Troia e Setúbal no passe social.
Assegurar a gestão integrada e democrática das áreas protegidas e a gestão pública da água, reverter a privatização da EGF/Amarsul, revogar o regime jurídico de projetos com potencial interesse nacional (PIN); assegurar o acesso das populações às praias em particular na Península de Troia e no Litoral Alentejano, são propostas a destacar.
A CDU assume o seu compromisso com a defesa dos interesses das populações e do Distrito. Um compromisso de quem não tem duas caras, nem diz uma coisa e faz outra.
A vida já comprovou que quando a CDU tem mais força há avanços, na vida de quem trabalha e de quem trabalhou uma vida inteira, e no Distrito.