Intervenção vai abranger uma área de 24 mil metros quadrados e prevê ainda a criação de uma zona de restauração
Depois da intervenção no Pólis, a Câmara do Barreiro prepara-se agora para requalificar o terreno da Torralta, que estava na posse da Direcção-Geral do Tesouro e das Finanças e passou para domínio municipal. Transformar o local num espaço nobre da cidade, de fruição junto ao rio, e dinamizá-lo com um hotel e uma zona de restauração é o objectivo, depois de em Setembro último a autarquia ter procedido a uma megaoperação de limpeza da área.
Para já, o município viu aprovado um financiamento ao abrigo do PT 2030 na ordem dos 300 mil euros para fazer face à requalificação do terreno, estimada num valor total superior a 1,3 milhões de euros.
“São 24 mil metros quadrados que vamos intervencionar, para ficarmos com uma zona pública de lazer, de frente de rio, e passeio ribeirinho. Vamos guardar um lote, junto à estação dos barcos, para lançarmos uma hasta pública para construção de um hotel e um outro lote para uma zona de restauração”, explica Frederico Rosa, presidente da Câmara Municipal do Barreiro.
“Vamos ganhar uma vasta zona de passeio ribeirinho, que confina ali com uma praia, a Praia da Torralta, que muita gente não conhece, porque aquele terreno até ter sido limpo estava vedado por barracas, ou seja, as pessoas não conseguiam usufruir do espaço”, reforça o autarca.
Ao mesmo tempo, esta acaba por ser uma aposta no desenvolvimento da actividade turística e o colmatar de uma lacuna, já que a cidade não tem qualquer hotel. “É uma resposta que vai ser importante até para o funcionamento da cidade, para aqueles que nos vêm visitar, seja no âmbito desportivo, cultural, profissional ou outro, e que não têm onde ficar no Barreiro”, lembra.
Porém, Frederico Rosa faz questão de vincar mais o impacto que a transformação do espaço terá numa outra vertente.
“Isto tem muito a ver com a aposta em zonas que nos dêem qualidade de vida. Tal como o Pólis, este espaço transformado também pode constituir-se como um pólo da atracção. Obviamente, que atrairá gente de todos os lados, mas também atrairá e fixará muito a nossa população, que deixa de sentir necessidade de ir para fora para encontrar qualidade de vida”, sublinha.
Quanto ao financiamento comunitário, apesar de estar longe de suportar a totalidade do valor necessário para requalificar o espaço da Torralta, facto é que acaba por ser uma mais-valia para o município. “Apesar da contrapartida ser menor, tudo o que são fundos comunitários, para investimento, não conta para o endividamento da autarquia”, realça o edil, a concluir.
A unidade hoteleira a nascer no terreno da Torralta não será, de resto, única no concelho. É que na forja está já também o lançamento de uma hasta pública para construção de outro hotel na zona da Quinta das Canas (ver caixa em baixo).
Hotel Projecto para a Quinta das Canas mais adiantado
Além da hasta pública para a construção do hotel no terreno da Torralta, o município está prestes a lançar uma outra com finalidade idêntica: a edificação de um outro hotel na zona da Quinta das Canas. E este último processo está mais avançado, devendo ser submetido a deliberação em reunião de câmara dentro em breve, confirmou Frederico Rosa a O SETUBALENSE.
A unidade hoteleira para a Quinta das Canas deverá abranger uma área total de cerca de 4 mil e 300 metros quadrados e está previsto que venha a ter sete pisos acima do solo e um abaixo.
