Joana Mortágua volta a ser a aposta dos bloquistas para ser cabeça-de-lista. A candidata destaca a diversidade de idades e profissões nos vários nomes
O Bloco de Esquerda já entregou a lista de candidatos pelo distrito de Setúbal às eleições legislativas de 18 de Maio. Numa lista diversa, composta por muitas mulheres e trabalhadores dos vários sectores da região, a cabeça-de-lista, Joana Mortágua, destaca alguns dos nomes que são já conhecidos.
Em primeiro lugar volta a aparecer a deputada eleita pelo círculo eleitoral de Setúbal, que se mantém como aposta dos bloquistas para o círculo eleitoral de Setúbal. A dirigente da Comissão Coordenadora Distrital de Setúbal do BE foi a única eleita pelo seu partido, no distrito, nas legislativas de 2024.
Em segundo lugar aparece Daniel Bernardino, um dos nomes que a candidata destaca positivamente. “Queria destacar nos primeiros lugares algumas questões que eu acho que são importantes. A primeira é o Daniel Bernardino, coordenador das comissões de trabalhadores da Autoeuropa, estamos profundamente vinculados com a luta dos trabalhadores e com os direitos dos trabalhadores dos parques industriais do distrito. A nossa capacidade industrial, de criar emprego qualificado na indústria e não deixar morrer a capacidade produtiva do País, é uma marca do nosso distrito, e estamos comprometidos com isso”, refere em declarações a O SETUBALENSE.
Ainda ao falar sobre o número dois da lista Joana Mortágua reflecte sobre a capacidade de a região atrair investimento, investimento esse que deve criar postos de trabalho. “Tem de ser possível atrair investimento que não seja investimento como agora querem fazer, que são centrais solares que não empregam ninguém e destroem o ambiente, é possível atrair investimento industrial que seja capaz de respeitar os direitos dos trabalhadores e as questões ambientais, e é isso a presença do Daniel Bernardino também representa”.
A lista, agora entregue ao Tribunal de Setúbal, “é muito diversa e completa” e conta com “pessoas que são verdadeiramente personagens históricas e emblemáticas nos seus concelhos”, exemplo disso, evidencia, é um candidato da Moita. “Recordo o Joaquim Raminhos, na Moita. É um professor um bocadinho mais conhecido do que qualquer outra pessoa que eu conheça na Moita, também uma longa história de contacto directo com as populações”.
Entre outros nomes a deputada destaca ainda Diogo Mira, que “representa o activismo [estudantil]” que surge “para dizer que a juventude não está toda, nem por sombras, resignada ao conservadorismo nem está toda afastada da política”. Também Marie Basse, uma “imigrante senegalesa, empregada de limpeza, que representa as milhares e milhares de mulheres negras imigrantes que todos os dias partem da margem sul, de madrugada, para limpar escritórios, edifícios e casas em Lisboa e que voltam já à noite”. Do lado da Saúde surge Mário Macedo, “o grande opositor com uma candidatura à Ordem dos Enfermeiros que teve um enorme sucesso”.
