“Destemido”: Ermelinda Freitas lança vinho topo de gama em homenagem ao pai da família

“Destemido”: Ermelinda Freitas lança vinho topo de gama em homenagem ao pai da família

“Destemido”: Ermelinda Freitas lança vinho topo de gama em homenagem ao pai da família

No dia em que Manuel João de Freitas Júnior faria 97 anos, a filha, Leonor Freitas, apresentou o novo vinho numa festa de homenagem que trouxe muitas figuras a Fernando Pó, incluindo o Presidente da República

´Destemido’, o vinho topo de gama que pretende afirmar-se entre os mais caros do país

A Casa Ermelinda Freitas lançou este sábado um novo vinho, topo de gama, numa cerimónia de homenagem ao pai da actual geração da adega, Manuel João de Freitas Júnior, que trouxe a Fernando Pó, concelho de Palmela, muitas personalidades da região e mais de duas dezenas de figuras públicas do país, incluindo o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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Entre os convidados estiveram artistas, como Tony Carreira, Toy e João Mendonza, actores como Carla Matadinho, figuras do futebol, como Costinha, economistas e gestores como Horta Osório ou Luís Todo Bom, e outros, como o advogado Proença de Carvalho, além de muitas personalidades da região, como o presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro e o bispo de Setúbal, cardeal Américo Aguiar.

O programa começou à tarde, com uma recepção “mais intima”, em que foram descerrados e benzidos os bustos de Manuel João de Freitas Júnior e da mulher, Ermelinda de Freitas, pais da actual gestora da Casa Ermelinda de Freitas, Leonor Freitas.

Busto de Manuel João Freitas Júnior
D. Ermelinda Freitas e Manuel João Freitas Júnior

A empresária confessou estar de “alma e coração cheios” e justificou a homenagem ao pai como um acto de justiça. “O meu pai, se fosse vivo, fazia hoje 97 anos. Nesta casa sempre ouviram falar do papel das mulheres e é uma realidade. Fala-se da minha bisavó, da minha avó, da minha mãe, D. Ermelinda, eu que sou a falsa Ermelinda, porque sou Leonor mas também me chamam Ermelinda, e começa-se a falar na quinta geração, que há mais uma mulher, a Joana, que vai assumir a gestão, e eu achei que era muito injusto não fazer uma homenagem ao meu pai.”, explicou.

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Busto de D. Ermelinda Freitas

“Manuel João de Freitas Júnior foi um homem que esteve na família – os homens morreram muito cedo nesta família e as mulheres foram fortes e aguentaram uma casa agrícola que veio dar lugar, na minha gestão, à Casa Ermelinda Freitas – e que tornou isto possível, mas que ficou completamente abafado pelas mulheres e nunca mais ninguém falou nele.”, acrescentou.

O lançamento de um vinho inspirado no pai é, por isso, segundo Leonor Freitas “a grande justiça” que a família lhe devia. “Ele foi um homem com uma grande visão. Quando eu nasci, em Fernando Pó, onde vivia toda a minha família, não havia luz eléctrica nem acessibilidades, e Lisboa, a 50 quilómetros, era tão longe que nem imaginam”.

“O meu pai tinha muita visão e queria diferente. Eu fui estudar, a minha mãe foi a primeira mulher com carta de condução. Embora tenha sido há quase 70 anos, eu nunca senti a discriminação entre o homem e a mulher na minha casa.”, recorda a empresária.

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O dia, que terminou com um jantar para cerca de 200 pessoas, com glamour e requinte, que encantou os convidados foi também, como vincou Leonor Freitas, uma homenagem ao mundo rural.

A sala onde decorreu o jantar, magnifica e originalmente decorada, numa homenagem ao mundo rural

O vinho mais caro da região, servido numa garrafa que é uma obra de arte

O ‘Destemido’, o vinho com que Leonor Freitas homenageia o pai – que aos 20 anos de idade rumou ao Norte de bicicleta, para conhecer o país – junta a arte à paixão pela vitivinicultura. O novo néctar, apresentado como “o topo dos topos dos topos” é uma série limitada, de apenas 2025 garrafas, cujo preço, não revelado, rondará os 700 euros.

A caixa do ‘Destemido’ com elementos gráficos que invocam a Península de Setúbal apresenta a bicicleta do homenageado

A garrafa é uma escultura, uma obra de arte, ‘servida’ numa caixa de madeira também única, tudo concebido pela artista Olga Noronha. O precioso líquido, criado pelo enólogo Jaime Quendera, quanto a castas, é 70% Castelão, vinha velha, com um ano de estágio em pipas de carvalho francês e americano, 10% de Cabernet Sauvignon, 10% Alicante Bouschet e 10% Syrah.

Com esta arrojada aposta, Leonor Freitas assume que quer “valorizar” a Casa Ermelinda Freitas, mas também a região. “Acho que este é o momento certo para dizer que nós também temos vinhos ao nível e ao preço dos Châteaux de França, e que o [nosso] vinho ainda é melhor. Nós já não estamos nada atrás daquilo que se faz em França, dos grandes Châteaux. Estamos atrás apenas na valorização, no marketing”, disse.

Para a empresária, chegou a hora de o concelho de Palmela e a Península de Setúbal, uma das zonas que tem melhores vinhos a bom preço, ter também um dos vinhos mais caros de Portugal.

A empresária Leonor Freitas ladeada pela artista Olga Noronha e pelo enólogo Jaime Quendera
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