Empresa instalada na Mitrena alcançou em 2024 um volume de vendas de 120,8 milhões de euros
A Lisnave, empresa de reparação naval instalada na Mitrena, em Setúbal, alcançou em 2024 um volume de vendas de 120,8 milhões de euros, com um resultado líquido de 6,4 milhões de euros. De forma a retribuir aos trabalhadores, a empresa decidiu conceder uma gratificação num montante total superior a 1,7 milhões de euros.
Foi em Assembleia Geral de Accionistas que a Lisnave aprovou o Relatório de Gestão e Contas referente ao ano passado, revelando um “desempenho notável” da empresa líder na Reparação Naval. Nesse sentido, como “reconhecimento do empenho” dos seus trabalhadores, o grupo de empresas do universo Lisnave decidiu conceder uma Gratificação Universal de Balanço num montante total superior a 1,7 milhões de euros.
A empresa explica, em nota de Imprensa, que paralelamente ao “decréscimo da procura de reparação naval” em 2024, face a 2023, um “elevado número” de projectos teve de ser recusado devido às “obras de reabilitação do estaleiro”, incluindo docas, cais, oficinas e equipamentos.
“Não obstante estas limitações, a Lisnave obteve resultados muito satisfatórios, representativos da solidez e bom desempenho da empresa, que conta com 64 anos de história. A Lisnave é reconhecida como uma das principais empresas mundiais na Reparação Naval e tem investido na redefinição estratégica da sua actuação, alinhando-se com as directrizes da Economia Azul, Economia Verde e Economia Circular”, explica a empresa em comunicado.
Já no período homólogo do ano passado, a Lisnave havia atribuído aos trabalhadores bónus que poderiam chegar aos dois salários e meio. O prémio foi justificado com os bons resultados obtidos no ano anterior, que descrevia como o “melhor desempenho de sempre”, o que permitiu que a empresa concedesse um montante total de gratificações de balanço superior a 3 milhões de euros. A Lisnave obteve lucros de 15,9 milhões de euros em 2023, mais do dobro dos quase 7,1 milhões apurados no ano anterior.
A distribuição foi decidida na assembleia-geral de accionistas. “Estes resultados são representativos da solidez e bom desempenho da empresa com 63 anos de história”, frisou a empresa.
No início do passado mês de Março, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, esteve nos estaleiros da Lisnave, na Mitrena. A visita do responsável pela tutela decorreu numa altura em que a empresa aguarda a prorrogação da concessão pública para a actividade de reparação naval, que termina em 2027.
A Lisnave – Estaleiros Navais, solicitou ao Estado a prorrogação da concessão e, ao mesmo tempo, transmitiu também a pretensão de ver alargado o objecto da sua actividade a duas novas áreas.
O ministro percorreu os diversos pontos do estaleiro, transportado num autocarro e acompanhado por uma extensa comitiva de administradores e técnicos da Lisnave e alguns convidados. Após comunicar essa visita, a administração da Lisnave fez saber que, desde o início da concessão, foram investidos cerca de 150 milhões de euros no estaleiro.
