GNR identifica 25 imigrantes ilegais e emite mais de cem autos contra-ordenacionais em Pegões

GNR identifica 25 imigrantes ilegais e emite mais de cem autos contra-ordenacionais em Pegões

GNR identifica 25 imigrantes ilegais e emite mais de cem autos contra-ordenacionais em Pegões

Durante a operação especial, foram “fiscalizados 134 cidadãos estrangeiros, 13 estabelecimentos e cerca de 290 viaturas”, disse a presidente da Câmara do Montijo

A GNR de Palmela realizou no passado dia 10 uma operação especial de prevenção criminal em Pegões, concelho do Montijo, que culminou com a identificação de 25 imigrantes ilegais, um detido e mais de uma centena de autos de contra-ordenação.

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A informação foi avançada por Maria Clara Silva, presidente da Câmara do Montijo, durante a reunião de quarta-feira passada do executivo municipal.

Segundo a autarca, no âmbito da operação – que visou “o reforço da segurança, a prevenção de ilícitos criminais e infracções contra-ordenacionais bem como a promoção do sentimento de segurança junto da população” – foram “fiscalizados 134 cidadãos estrangeiros, 13 estabelecimentos e cerca de 290 viaturas”.

Na sequência da acção, a GNR deteve um indivíduo “por desobediência e condução sob efeito de álcool” e emitiu mais de cem autos: “65 de âmbito rodoviário, 37 a estabelecimentos comerciais, 25 por falta de declaração de entrada em território nacional, quatro por falta de alteração de morada de cidadãos estrangeiros e um por consumo de estupefacientes”. Ainda de acordo com a presidente da Câmara, um estabelecimento ficou “sujeito a encerramento administrativo” e foram efectuadas as apreensões seguintes: “5,4 doses de resina de canábis, três veículos e duas balanças em estabelecimento comercial”.

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Os factos de âmbito criminal “foram comunicados ao Tribunal do Montijo”, adiantou Maria Clara Silva, que realçou o trabalho efectuado pela GNR. “Consideramos de extrema importância esta acção que a GNR fez em Pegões e que irá fazer mais, ao longo deste ano”, disse a edil.

João Afonso, vereador do PSD, também enalteceu a operação e lançou críticas noutra direcção. “Fico satisfeito de a GNR remar contra a maré, nesta incapacidade generalizada de controlo sobre a imigração descontrolada, de quase todas as entidades públicas”, disse.

O social-democrata mostrou-se agradado “por o PS, quer em termos nacionais quer locais, ter começado a mudar de discurso sobre a temática”. E juntou: “Apesar de a GNR funcionar, e funcionar com poucos meios, não nos podemos esquecer que não temos uma polícia especializada neste momento, não temos o SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras]. Espero que seja recuperada novamente uma entidade parecida ou igual ao SEF.”

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Já Nuno Catarino, vereador da CDU, acusou João Afonso de relacionar a operação em Pegões com a imigração. “Da intervenção que a sra. presidente fez em nada vi que isto tivesse a ver com imigração. Daquilo que disse não transparece isso. O vereador João Afonso agarra logo na situação para dizer que a culpa é da imigração descontrolada. Voltamos a entrar na demagogia. A questão da criminalidade não tem a ver com a imigração”, atirou o comunista.

O social-democrata contrapôs com o motivo e os resultados da operação.
“Quando a GNR faz autos por pessoas que estão ilegalmente em Portugal tem a ver com imigração. Quando a GNR vai a estabelecimentos comerciais que, na maioria dos casos, são de imigrantes ou de redes de imigrantes que os usam para ficcionar contratos de trabalho e outro tipo de situações de legalização de imigrantes, sabe bem ao que lá vai ou ao que lá foi. A acção foi feita em Pegões por uma razão especial, não foi por acaso, teve a ver com este facto e com a pressão feita em termos políticos”, sustentou.
Segundo o Censos 2021, Pegões tem 4 090 habitantes. Actualmente, grande parte da comunidade já é imigrante.

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