A GNR alertou a autarquia para o corte de árvores em Zona de Protecção Especial da Lagoa Pequena. Autarquia confirmou
O corte de 1500 árvores “sem qualquer sintoma de hospedarem nemátodo do pinheiro junto da Lagoa Pequena” levou o presidente da Câmara de Sesimbra a pedir esclarecimentos ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. A preocupação de Francisco Jesus vai para o facto desta área, PTZPE0049 – Zona de Protecção Especial da Lagoa Pequena, ter sobreposições com áreas da Reserva Ecológica Nacional e zonas de protecção lagunar do Programa da Orla Costeira Alcobaça Cabo-Espichel (POCACE).
Segundo a autarquia sesimbrense, a madeira “terá como destino uma unidade industrial de produção de pellet situada em Pegões, Montijo”.
Na sua conta da rede social Facebook, descreve que foi “alertada pela Guarda Nacional Republicana no dia 23 de Janeiro e fez deslocar de imediato ao local uma equipa da fiscalização municipal”.
Na altura, “procedeu-se à identificação do operador, que apresentou um manifesto do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para o efeito, informação confirmada posteriormente pelo Gabinete Florestal do Município junto do mesmo instituto.
Na publicação da passada quinta-feira, no Facebook, a Câmara de Sesimbra dá a saber que, a 27 de Janeiro, foi informada pelo Departamento de Gestão e Valorização da Florestal que “os anexos remetidos pela autarquia correspondem aos elementos na posse do ICNF, o manifesto emitido e apresentado pelo agente económico não tem o registo de número de operador, nem foi assinado, inexistência, em alternativa ou em paralelo, de manifesto de corte de árvores (MCA), dado o número de árvores abrangidas e a finalidade de transformação industrial”.
Por último, foi informada sobre a “ausência de determinação no aprofundamento da situação, escudado no motivo de ser ultrapassado o âmbito de actuação, remetendo consequentemente o eventual desencadeamento de outra actuação por parte de serviços do ICNF a entidades terceiras”.
Perante isto, sublinha a Câmara de Sesimbra, que o quadro apresentado, gera apreensão e preocupação pelo que exige medidas para que situações como esta não se verifiquem, sobretudo em zonas de grande sensibilidade ambiental, como é o caso”.