“Adeptos têm sido sempre uma força e motivação extra para nós”, frisa o treinador.
O Vitória marcou logo nos primeiros minutos do jogo e consegue uma goleada (6-0) – golos de Odilon, André Gomes, Jorge Iguarán, Leo Chão, Heta e Catarino – diante do Samouquense. A entrada forte foi decisiva para o desfecho no encontro?
Sim, queríamos entrar fortes e resolver cedo o jogo. Dessa forma podíamos gerir a equipa e dar aos jogadores menos utilizados mais minutos. Temos que olhar para todos os elementos do plantel e fazer essa gestão. Entrámos bem no jogo, criámos logo ocasiões de golo e fizemos dois golos de bola parada. Foi uma entrada forte que nos permitiu ter uma vitória indiscutível.
Os golos do jogo foram apontados por seis atletas diferentes. Que importância tem o facto de, independentemente das posições que tenham em campo, todos contribuírem para os golos?
É importante que toda a gente seja útil e que sinta que pode resolver o jogo. Porque, no dia que o Catarino [autor de 22 dos 63 golos da equipa até ao momento] não puder marcar, tem que haver confiança dos outros que também vão marcando e que podem resolver o jogo. Há duas semanas já tinha falado nisso, quando ganhámos (5-0) ao CRI e também foram cinco jogadores diferentes a marcar. É um reflexo do trabalho e do compromisso dos jogadores, dessa forma as coisas tornam-se muito mais fáceis.
Foram feitas três substituições no arranque da segunda parte e outras duas no decorrer da mesma. Poderá a menor produtividade ofensiva nesse período [na primeira parte foram marcados cinco golos e na segunda apenas um] estar relacionada com as alterações efectuadas e a entrada de alguns jogadores menos rotinados?
Quanto às entradas, o Pimenta tem jogado quase sempre de início. O André Nunes chegou e a semana passada foi titular. O Ayrton, mesmo começando vários jogos como suplente, é dos jogadores com mais minutos. Por isso, considero que talvez a falta de concentração que nos impediu de marcar mais golos na segunda parte. Vamos analisar e trabalhar durante a semana para que sermos mais eficazes. No entanto, estaria mais preocupado se nós não tivéssemos criado as oportunidades ou permitíssemos ao adversário chegar à nossa baliza.
Com o deslize do Lagameças nesta jornada (empate 1-1 com o Melidense), o Vitória isola-se no comando do campeonato. Que significado tem para a equipa estar nesta posição?
Olhar para a tabela neste momento é um pouco subjectivo. Se o fizéssemos há três semanas, estávamos em terceiro lugar, nem na zona de subida estávamos. A cada jogo, temos de estar focados em fazer o nosso jogo, ganhar e somar os três pontos para o Vitória. Depois, no final, fazemos as contas. A prioridade temos de ser nós, temos de olhar para dentro, porque só assim podemos ter sucesso. No próximo domingo já são mais três pontos que estão em disputa e, de certeza, que vamos ter que suar muito para trazer os três pontos de Paio Pires.
E o que espera desse jogo em Paio Pires e qual a importância de ter os vitorianos a apoiar a equipa no domingo?
Em primeiro lugar, espero que os adeptos acompanhem a equipa como têm feito até agora. Têm sido sempre uma força e motivação extra para nós. O Paio Pires é orientado por um treinador experiente (Mário Moço), que já passou por esta casa. A equipa tem a sua maneira de jogar muito focada nas ideias do seu treinador. Temos todo o respeito pelo adversário, mas o Vitória vai a Paio Pires para trazer os três pontos.
