Verbas angariadas vão permitir à organização Big Hand reconstruir habitações
O Vitória FC e a Big Hand, organização sem fins lucrativos que promove em Moçambique o bem-estar das crianças que vivem em condições desfavoráveis garantindo o seu acesso à educação, cuidados de saúde e nutrição, a água e saneamento básico, continuam de mãos dadas e têm agora como objectivo a construção do Bairro Vitória naquele país africano.
Neste momento, a campanha está focada no apoio às famílias e na reconstrução de casas para dar algum conforto àqueles que perderam tudo na tragédia da Beira onde o ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, em 14 de Março, tendo provocado mais de 600 mortos, mais de 1600 feridos e afectado mais de 1,5 milhões de pessoas, segundo o mais recente balanço.
Graças à parceria entre o Vitória e a Big Hand, nesta altura já foi angariado o suficiente para construir cinco casas, mas é necessário dar apoio a mais 25 famílias. Por essa razão, a Organização Não Governamental (ONG), fundada em 2010 pelo setubalense David Fernandes, e o emblema vitoriana continuam a conjugar esforços para minorar os efeitos da tragédia na Beira.
A O Setubalense – Diário da Região, Cristina Augusto, embaixadora da ONG em Setúbal, explicou como surgiu a ideia da organização e do clube darem as mãos. “A Big Hand tem uma parceria com o Vitória há já algum tempo. A campanha actual surge devido à tragédia que aconteceu na Beira, que, com maior urgência e necessidade, levou-nos a querer ajudar mais o povo moçambicano”.
A responsável explicou o papel fulcral no terreno de David Fernandes, fundador da Big Hand. “É setubalense e ex-atleta do Vitória e, como fazemos algumas acções em Setúbal na tentativa de poder ajudar cada vez mais crianças surgiu a oportunidade de nos unirmos uma vez mais ao Vitória, que nos dá sempre a mão e mostra abertura para desenvolvermos estas campanhas de angariação de fundos”.
E acrescenta: “Primeiro avançámos com a campanha das t-shirts e, já na próxima semana, vamos fazê-lo com a campanha “Um lápis por uma escola”. Já o fazemos há algum tempo. Vamos às escolas e damos palestras em que divulgamos, esclarecemos e informamos sobre o que é feito no terreno em Moçambique pelo fundador do projecto, David Fernandes, que está no país desde 2010 onde procura que cada vez mais pessoas tenham acesso à educação, saúde, alimentação e saneamento básico”.
Cristina Augusto confidenciou ao nosso jornal que a ideia de denominar o local onde serão construídas as casas que darão origem ao Bairro Vitória ainda não foi transmitida ao fundador da Big Hand, mas está certa que o mesmo será acolhido sem reservas. “Ainda não passei a ideia do Bairro Vitória ao David Fernandes mas tenho a certeza que vai aceitar com todo o gosto porque é alguém que respira Vitória. A ideia inicial era construir uma escola Vitória, mas considerou-se que o mais urgente é reconstruir as casas onde as pessoas habitam. São habitações com dimensões pequenas, cujo custo ronda os 600/700 euros”.
Além do Bairro Vitória, a Big Hand tem outros projectos em marcha como a campanha “Um lápis por uma escola”, lembrou a embaixadora da organização na cidade do Sado. “Vamos falar com os jovens da formação do Vitória, tanto do futebol como das modalidades, e com as escolas e infantários e explicamos que o objectivo é construir escolas. Cada menino leva cinco lápis para casa e regressa com cinco euros. A ideia é passar a ideia de que com essa verba se pode construir uma escola. A adesão tem sido extraordinária”, vincou.
Estratégia para duelo com Portimonense afinada em Palmela
Com 31 pontos somados na I Liga, a apenas um de distância do Portimonense (32), o Vitória FC prepara com afinco o duelo de sexta-feira, a partir das 15:30 horas, no Estádio do Bonfim, diante dos algarvios, adversários directos na fuga aos lugares de despromoção. Ontem, no Complexo Desportivo de Palmela, o treinador Sandro Mendes continuou a aperfeiçoar a estratégia a colocar em prática para a sua equipa somar os três pontos.
A contar para o escalão principal, será a 15.ª vez que Vitória e Portimonense vão medir forças com os sadinos na condição de conjunto anfitrião. O saldo é claramente favorável aos verdes e brancos que nos 14 duelos anteriores ganharam 10 partidas, empataram três (a última delas na época passada, 1-1) e perderam apenas uma (0-1 na temporada de 1980/81). Com 24-7, o Vitória também leva vantagem no saldo de golos.
Frente ao conjunto de Portimão, Sandro Mendes, não vai poder contar com os contributos dos defesas Vasco Fernandes e André Sousa devido a castigo. Depois de serem no domingo advertidos diante do Benfica (derrota por 4-2), ambos os jogadores completaram séries de cartões amarelos indo por isso cumprir um jogo de castigo com os algarvios. De fora, por estarem ainda a recuperar de lesões, vão ficar também Sílvio, Mikel Agu, André Pedrosa e Alex Freitas.
As boas notícias prendem-se com os regressos do médio José Semedo, após cumprir uma partida de suspensão no Estádio da Luz, e do avançado Mendy, que está já a trabalhar com o plantel depois de ter, por lesão, falhado os últimos encontros. Hoje, 10 horas, a equipa regressa a Palmela para continuar a delinear a estratégia no jogo da 30.ª jornada do campeonato.
Sub-23 vencem Belenenses SAD
Entretanto, após o empate (2-2) no reduto do V. Guimarães, os sub-23 do Vitória regressaram ontem aos triunfos ao baterem, por 1-0, o Belenenses SAD no Complexo Municipal de Atletismo do Vale da Rosa, em partida da 10.ª jornada do play-out de despromoção da Liga Revelação. O golo marcado por Silla, aos 64 minutos, permite à equipa de Chiquinho Conde manter-se na liderança da competição.
Recurso vitoriano revoga castigo de Semedo
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol deu ontem provimento ao recurso apresentado pelo Vitória FC referente ao castigo de um jogo de suspensão e 230 euros de multa ao médio José Semedo, na partida da 25.ª jornada da Liga NOS, realizada a 10 de março, diante do Tondela. Depois da deliberação confirma-se que o jogador pode continuar a ser utilizado pelo treinador Sandro Mendes.
O Setubalense – Diário da Região teve acesso ao acórdão que considerou válido o recurso do Vitória. “Nos termos e com os fundamentos expostos, é julgado procedente o presente recurso hierárquico impróprio e, consequentemente decide-se revogar a decisão disciplinar recorrida que sancionou o jogador n.º 29 do Vitória FC, pela prática de infração disciplinar e sanção de multa de 230 euros e em um jogo de suspensão”, lê-se no documento a que nosso jornal teve acesso.