Plano de Cogestão da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e Sancha em consulta pública

Plano de Cogestão da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e Sancha em consulta pública

Plano de Cogestão da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e Sancha em consulta pública

Reabilitação de infra-estruturas de apoio à visitação mais acessíveis e inclusivas, a implementação de “Portas de Entrada” para apoio

A proposta do Plano de Cogestão da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha (RNLSAS), com um orçamento na ordem dos 985 mil euros, entra esta segunda-feira em consulta pública.

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A proposta, que está em consulta pública até 10 de Março, define a estratégia a ser implementada nesta área protegida para valorizar e promover o território, sensibilizar as comunidades locais, melhorar a comunicação e contribuir para a conservação da natureza.

O Plano de Cogestão da RNLSAS, que pode ser consultado na página de Internet da Câmara de Santiago do Cacém, integra uma programação com medidas e acções a realizar até 2027.

De acordo com o documento, consultado pela agência Lusa, a estratégia proposta para esta protegida, que abrange os concelhos de Santiago do Cacém e de Sines, tem como missão “contribuir e potenciar os valores naturais e culturais presentes”.

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O plano, elaborado pela comissão de co-gestão, define quatro objectivos estratégicos que passam pelo aumento, envolvimento e identificação dos diferentes actores do território com a reserva natural, incluindo as comunidades locais, através da melhoria da comunicação entre todas as partes.

A promoção e conhecimento e a sensibilização dos diferentes públicos e actores chave, capacitando-os para os valores naturais, históricos e culturais, a valorização e promoção da sustentabilidade do território, através de actividades compatíveis com a preservação dos valores presentes, são outras das metas.

O plano propõe ainda “contribuir para os objectivos de conservação da natureza, protecção da geo e biodiversidade, e restauro ecológico, incidentes nos habitats naturais, fauna e flora prioritários”, lê-se no documento.

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A proposta estabelece um conjunto de medidas, nomeadamente a promoção dos diferentes produtos e serviços turísticos, assim como da marca NATURAL.PT, a requalificação dos percursos pedestres e passadiços interpretativos existentes no interior desta área protegida e a criação de uma rede de oferta a percursos cicláveis.

A reabilitação de infra-estruturas de apoio à visitação mais acessíveis e inclusivas, a implementação de “Portas de Entrada” para apoio, informação e sensibilização e de sistemas de contabilização de visitantes, a promoção da investigação e inovação e a compatibilização da actividade piscatória na Lagoa de Santo André com a conservação da natureza são outras medidas preconizadas.

O pedido de adesão ao modelo de co-gestão foi solicitado ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) pelo Município de Santiago do Cacém, em Maio de 2021, e pelo Município de Sines, em Outubro de 2022.

A Comissão de Cogestão da RNLSAS é presidida pelo presidente da câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha.

Integram igualmente a comissão o director regional do Alentejo do ICNF, representantes da Universidade de Évora e das Organizações Não Governamentais de Ambiente, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, da Entidade Regional de Turismo do Alentejo ou da empresa Águas de Santo André, entre outras.

A Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha estende-se ao longo de uma faixa litoral com aproximadamente 15 quilómetros de comprimento, no sul do Arco Tróia-Sines.

Maioritariamente situada no concelho de Santiago do Cacém, inclui a Lagoa de Santo André e zonas húmidas associadas, assim como, já no concelho de Sines, a Lagoa da Sancha.

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