“União do grupo foi a chave para o sucesso” da qualificação dos sub-17 setubalenses.
Alguma vez pensou que a quatro jornadas do final da primeira fase do Campeonato Nacional de sub-17, o Vitoria iria conseguir matematicamente qualificar-se para a fase de apuramento de campeão?
Pensámos, sim. Com o decorrer da primeira volta da prova e tendo em conta o que conseguimos fazer nessa fase, comecei a acreditar. No início da época vimos logo que os atletas tinham qualidade e queriam atingir esse objectivo, mas só no final da primeira volta, depois de conhecermos todos os adversários, é que percebemos que tínhamos condições para atingirmos o que queríamos ainda antes de concluir a fase actual.
Qual a chave do segredo da equipa para atingir o apuramento com várias partidas ainda por realizar?
Como já disse anteriormente, está relacionado com a união do grupo, a forma como gostam uns dos outros e aquilo que são enquanto equipa. Essa é a chave para o sucesso. A juntar a isso, a nossa organização defensiva, a nossa transição ofensiva e a forma como abordámos o jogo do Benfica. Defendemos com um bloco baixo, sofremos, jogámos sem bola, controlámos o jogo sem bola e depois jogámos em transições constantes. Tivemos as nossas oportunidades num jogo em que o Benfica teve posse de bola e qualidade, mas nós poderíamos ter levado os três pontos neste jogo.
O golo do empate (1-1) no jogo de domingo foi sofrido de penálti, aos 90+5 minutos. Os jogadores não esconderam a frustração pelo resultado. Como viu essa reacção e o que análise faz ao desempenho da equipa?
Estou muito orgulhoso da equipa. O sentimento que os atletas tiveram no término do jogo diz muito sobre a mentalidade deste grupo. Quando temos uma equipa que empata com o Benfica – líder invicto do campeonato – e que está completamente revoltada e frustrada por não ter levado os três pontos deixa-me com um sentimento de orgulho. É um sinal inequívoco de que acreditam no trabalho que desenvolvem, acreditam na sua qualidade e potencial e isso é um orgulho tremendo para nós. Empatarem com a Benfica e saírem daqui insatisfeitos, porque, tal como a equipa técnica, querem mais diz muito sobre a equipa. É verdade que podíamos ter levado mais deste jogo, mas é preciso não esquecer que do outro lado estava um adversário muito forte.
O que é que se pode esperar do Vitória na fase de apuramento de campeão? De que forma vão abordar os jogos e qual é o objectivo da equipa na fase de apuramento de campeão?
Podem esperar o mesmo que tem acontecido na primeira fase. Será um Vitória competitivo, um Vitória que discute todos os jogos olhos nos olhos, seja com equipas de renome, seja com equipas com menos nome. Disputaremos todos os jogos como fizemos até aqui: com a Benfica empatámos os dois jogos (0-0 no Seixal e 1-1 em Águas de Moura); com o Sporting perdemos 1-0 num jogo em que também tivemos momentos muito bons. Podem esperar do Vitória uma equipa competitiva que disputa todos os jogos, com qualquer equipa, olhos nos olhos.
Nas quatro jornadas que restam nesta fase – Belenenses, Estoril, Sporting e Casa Pia –, de que forma vão abordar os adversários? Vai dar oportunidade a jogadores que têm sido menos utilizados?
Vamos tentar ser iguais a nós próprios e ser competitivos em todos os jogos. Como é óbvio, há jogadores que têm menos tempo de jogo e que tentamos equilibrar, não para gerir, mas sim para os preparar de forma a terem volume competitivo, para estarem preparados para disputar uma fase final. Vamos disputar todos os jogos para ganhar.