Marco Pereira, avançado do Vitória, esteve no final do mês de Novembro ao serviço da Selecção Nacional sub-16, para realizar um estágio de preparação na Cidade do Futebol, em Oeiras. O atleta tem na presente época estado em destaque nos sub-17 dos sadinos – melhor marcador da equipa com quatro golos –, equipa que conseguiu no domingo, após o empate (1-1) com o Benfica, qualificar-se matematicamente para a fase de apuramento de campeão.
Em entrevista a O SETUBALENSE, concedida após o final do jogo em Águas de Moura, o jovem atacante, nascido em Setúbal há 15 anos, falou do “orgulho” que sente por ter sido chamado a representar Portugal e em envergar a camisola do “gigante” Vitória. No Campeonato, apesar de ainda faltarem disputar quatro partidas na fase regular, Marco Pereira não esconde a ambição da equipa para a fase seguinte da prova: “o objectivo é sermos campeões”.
Que análise faz ao empate (1-1) alcançado com o Benfica que permite à equipa qualificar-se para a fase de apuramento de campeão?
Mostrámos ao longo desta fase e neste jogo com o Benfica que estamos muito bem preparados. Mesmo estando do outro lado o primeiro classificado, nós não temos medo deles e fomos para cima do adversário porque somos uns guerreiros. No final, ficámos chateados por eles terem empatado já nos descontos (90+5 minutos) porque merecíamos ganhar.
Matematicamente, ainda com 4 jornadas por realizar, o Vitória já se apurou para a fase final. O que sente por terem atingindo o objectivo e esperavam ter conseguido já este objectivo?
Estamos muito felizes por já estar na fase de apuramento de campeão. Penso que atingimos este feito por sermos humildades e termos os pés no chão. Já esperávamos ir para a fase de apuramento de campeão, mas não pensávamos que fosse tirando aqui pontos ao Benfica.
Quais são os objectivos da equipa na fase final do Campeonato Nacional de sub-17?
O objectivo é sermos campeões nacionais. Nos jogos que vamos fazer com as outras equipas, vamos para cima deles todos. Vamos encarar os adversários que vamos enfrentar como temos feito até aqui, sendo guerreiros e jogando com raça.
Tem 15 anos de idade e esteve recentemente – entre 25 e 27 de Novembro – a participar no estágio de preparação da Selecção Nacional de sub-16 de Portugal. Como foi a experiência e o que representa para si ter sido convocado?
Não foi a primeira vez que estive ao serviço de Portugal, já o tinha feito nos sub-15. Para mim, é um grande orgulho; foi como um sonho. Quase todos da minha idade querem estar lá e é difícil para mim explicar o que sinto.
De que forma reagiram os teus colegas de equipa do Vitória quando souberam que tinhas sido chamado à Selecção?
Deram-me os parabéns e também fizeram uma roda para me darem alguns carolos (risos). Tenho a certeza que ficaram felizes por mim e pelo clube por estar representado na Selecção Nacional.
O objectivo agora é continuares a merecer a confiança dos responsáveis da Seleção para poderes continuar a ser chamado regularmente?
Sim. O objectivo é trabalhar cada vez mais para que possa em cada convocatória poder representar Portugal.
Com que idade começou a jogar no Vitória e o que representa para si representar o clube da cidade onde nasceu?
Comecei a jogar no Vitória com 10 anos e sinto um orgulho enorme por vestir esta camisola. Eu e todos os jovens de Setúbal querem representar o clube. Diz-se que o Vitória é enorme, mas, para mim, ainda é maior do que isso: é gigante.
Quais as tuas principais referências no futebol, os jogadores que mais admiras?
Pelas suas características e qualidades, os jogadores que mais admiro são o Cristiano Ronaldo e o Ronaldo ‘Fenómeno’.
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Enquanto líder do plantel, o que representa para si e a para a equipa a chamada de Marco Pereira à Selecção Nacional de sub-16?
Em primeiro lugar, representa o trabalho que o jogador desenvolve diariamente. O Marco é um atleta humilde e trabalhador, por isso merece estas oportunidades. Representa também o trabalho que todos os colegas do Marco desenvolvem. Só trabalhando todos no limite é que conseguimos meter os jogadores na Selecção. Para mim, enquanto treinador de Vitória, sinto que o clube está vivo e bastante vivo na sua Formação, apesar do contexto actual que é do conhecimento público. Para o Marco, nos sub-16, espero que seja a primeira de muitas oportunidades, tanto para ele como para alguns colegas que ainda não foram e também têm qualidade para lá estar.