João Afonso acusa município de depositar resíduos e fazer lixeiras a céu aberto, junto ao canil/gatil e no Parque de Exposições. Autarquia admite casos “pontuais”
João Afonso, vereador do PSD, fez na passada terça-feira uma participação à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) a acusar a Câmara Municipal do Montijo de promover lixeiras a céu aberto nas imediações do canil/gatil e no Parque de Exposições Acácio Dores.
Na missiva enviada à IGAMAOT, o social-democrata diz que a autarquia possui, nas imediações do seu canil/gatil, um terreno “onde, ao arrepio das mais elementares regras de urbanidade, deposita em contacto directo com o solo todo o tipo de resíduos, fazendo do mesmo uma verdadeira lixeira a céu aberto”. E considera que a situação constitui “um crime ambiental”. “Esta autêntica lixeira contribui, além dos maus cheiros, para o aparecimento de todo o tipo de animais […] pelo que se pode avistar facilmente ratazanas e cobras”.
O autarca acusa ainda o município de usar “impropriamente o espaço livre do Parque de Exposições Acácio Dores para, nos terrenos do fundo, depositar também todo o tipo de lixos, a céu aberto”, provocando também “o aparecimento de maus cheiros,que importunam os habitantes nas imediações do local”. Na denúncia, João Afonso pede a intervenção da IGAMAOT, no sentido de “rapidamente acabar” com aquele “tipo de situações indignas de um país civilizado”.
Confrontado com as acusações do social-democrata, José Manuel Santos, vice-presidente da Câmara Municipal do Montijo, admite que a situação no Parque de Exposições pode ocorrer de forma pontual, mas não permanente, e que o caso junto ao canil/gatil já está a ser tratado.
“De acordo com a informação dos serviços municipais competentes, não há qualquer deposição permanente de resíduos no Parque de Exposições Acácio Dores. O que se pode verificar, pontual e transitoriamente, é que resíduos verdes ou monos, recolhidos pelos serviços nas ruas, sejam aí descarregados para logo de seguida serem encaminhados para a AMARSUL”, afirma o autarca socialista. “Quanto ao terreno junto ao canil/gatil, os serviços municipais estão já a tomar as medidas legalmente cabíveis para fazer face a essa situação”, afiança, a concluir.