Frente ao último classificado – Trafaria -, o Vitória não sentiu domingo dificuldades em impor o seu jogo na partida da 9.ª jornada do Campeonato da 2.ª divisão da AF Setúbal. O resultado (7-0) reflecte a superioridade da sua equipa numa partida em que o resultado até poderia ter sido mais desnivelado. Concorda?
Sim. Sabíamos que este era um jogo em que queríamos resolver as coisas o mais cedo possível. Dessa forma também poderíamos gerir o plantel e poupar alguns jogadores que se têm debatido com algumas mazelas. No final, o mais importante foi o resultado, marcarmos golos e jogarmos bem. Não consentimos um contra-ataque e estivemos sempre em posse. Só na parte final, quando o resultado já estava em 6-0, é que houve umas situações em que recuperávamos a bola e depois a perdíamos, aspecto que não pode acontecer.
O jogo ficou marcado pela estreia do guarda-redes Rodrigo Gomes, jovem de 18 anos, que substituiu o habitual titular Pardana. A alteração foi efectuada com o objectivo de promover a rotatividade e mostrar que todos contam?
O Rodrigo ter sido titular não foi uma prenda que lhe foi dada, mas foi uma decisão tomada por ser inteiramente merecida. O treinador de guarda-redes, Alemão, tem acompanhado o trabalho e a evolução do Rodrigo, que é muito bom guarda-redes. É um menino e, tanto eu como o Alemão, acreditamos muito nele, por isso considerámos que era o momento ideal para jogar e motivá-lo ainda mais. A posição de guarda-redes é um pouco ingrata, uma vez que só pode jogar um. Neste jogo, considerámos que devia ser o Rodrigo a estar na baliza para mostrar que, tal como acontece com todos os atletas que fazem parte do plantel, contamos também com ele.
O médio André Pimenta foi substituído por Ayrton ainda no decorrer da primeira parte. A alteração esteve relacionada com os problemas físicos que o tinham afectado há umas semanas?
O Pimenta tem vindo a fazer um processo de recuperação de uma mazela que tem. Sentimos que ele estava a ressentir-se da mazela na perna e, por isso, decidimos fazer a alteração. Com o resultado na altura em 3-0, não valia a pena estar a castigar ainda mais o jogador. Mais importante do que lhe dar mais minutos interessa-nos que o Pimenta recupere bem.
O Catarino fez neste jogo mais quatro golos e é, de forma cada vez mais destacada, o melhor marcador do campeonato com 14 golos. Qual a importância que estes números individuais têm para a equipa?
O importante para nós é que o Vitória marque e ganhe os jogos. Confesso que tanto me dá que seja o Catarino, o Walter (Sá), o Léo (Chão), ou o Gui. Nós queremos é ganhar. Se as coisas estão a correr bem ao Catarino, obviamente toda a equipa ganha como isso e ficamos todos felizes por ele. Só temos que continuar a trabalhar para o motivar ainda mais para que possa fazer ainda mais golos. Claro que o Catarino tem mérito no registo que apresenta, mas todos sabemos que os golos apontados surgem porque há um trabalho colectivo. Independentemente dos golos marcados, quero também deixar uma palavra ao Kiko e ao Ayrton, que estiveram muito bem no jogo, ambos entraram muito bem.
Nos últimos dois jogos (9-0 ao Barreirense B e 7-0 ao Trafaria), o Vitória marcou 16 golos e não sofreu nenhum. No próximo domingo, a equipa defronta o Lagameças, 2.º classificado, numa partida que se prevê complicada. O que espera desse encontro?
Acabámos agora um microciclo e vamos durante esta semana começar a trabalhar e a pensar no jogo com o Lagameças. É um jogo importante, mas ainda não vai decidir nada. O que posso garantir é que o Vitória onde entra é para ganhar, respeitando todos os adversários. Vamos trabalhar durante a semana, ver quem está em condições e vamos tentar ganhar.
Os vitorianos têm estado ao lado da equipa em todos os jogos. Num jogo cujo grau de dificuldade se avizinha mais elevado que os anteriores, quão importante é ter os adeptos sadinos no campo Adelino Cais Esteves, em Lagameças?
É um jogo entre o primeiro e o segundo classificado em que os níveis de ansiedade poderão ser maiores do que até aqui. Apesar das características do encontro, sabemos que podemos sempre contar com os nossos adeptos. Vimos isso em todos os jogos que fizemos, não é preciso estar a pedir-lhes que venham ao estádio ou nos acompanhem nas deslocações fora de Setúbal. Sabemos que eles vão lá estar, vão puxar por nós, que nos suportam e que podemos contar com eles.