Disco ‘Nos tempos livres’ será apresentado em estreia na casa da cultura setubalense. Toy será artista convidado no espectáculo de sexta-feira
João Só chega esta sexta-feira ao Fórum Municipal Luísa Todi, com uma “estreia importante”. O artista traz como convidado especial uma cara bastante conhecida para o público setubalense, o músico Toy, para apresentar o novo disco ‘Nos tempos livres’, com a promessa de “um concerto muito divertido”.
Está a celebrar 15 anos de carreira com uma digressão especial, sendo que em cada concerto traz um convidado diferente com histórias e temas de cada um, mas, em todos, a certeza de ser “um espectáculo inesquecível e carregado de boa disposição”.
O artista nasceu em Coimbra há 36 anos, e aos 9 anos de idade mudou-se para Lisboa, onde seis anos mais tarde começou a compor canções. Decorria o ano de 2009 quando se juntou aos Abandonados e gravou o seu álbum de estreia. O grande sucesso chegou dois anos mais tarde com o disco “Ela Só”, que incluía o tema “Sorte Grande”, que se tornaria um êxito num dueto com Lúcia Moniz.
Seguiu-se um caminho de muito trabalho, com muito talento e muitas parcerias. Começou com Miguel Araújo, depois veio um projecto com Nuno Markl, com uma mistura de música e humor, e todo um caminho muito influenciado pelo universo dos Beatles e pelo seu papel de bom rebelde.
Com uma carreira de 15 anos, João Só é um nome incontornável na música portuguesa, não só como músico e cantor, mas também como responsável pelo surgimento e sucesso de nomes como Nena e Carolina de Deus, entre outros.
Com o novo disco a chegar, Setúbal será o primeiros palco de apresentação?
Exactamente, o disco será editado na semana anterior ao concerto, pelo será mesmo o primeiro palco de apresentação das canções novas do disco. É assim uma estreia importante.
No Fórum Luísa Todi, terás o Toy como convidado. Como surgiu a ideia do convite?
Trabalho com tantos artistas diferentes. Por exemplo, fiz um concerto este ano com a Rosinha, que correu super bem. Já me cruzei com o Toy em tantas circunstâncias diferentes, em concertos solidários, em campanhas publicitarias, já actuei com ele tantas vezes.
Disse-lhe que tínhamos de cantar juntos, de ir à terra dele. Não foi nada pensado em termos de marketing, foi uma coisa natural com base na nossa relação de amizade.
O que pode o público esperar deste concerto?
Vai ser um concerto muito divertido. Vou em trio, com o Nuno Simões e o Daniel Lima, que são excelentes músicos. Somos poucos, mas vamos fazer muito barulho. Vai ser muito interessante, o público vai gostar.
Qual a inspiração para o nome do novo disco?
Chama-se “Nos tempos livres”, mas a ideia era ser “João Só nos tempos livres”. O título é bastante elucidativo, pois eu trabalho todos os dias, muitas horas, nas carreiras de outros artistas, que é o meu trabalho principal e como tenho três filhos e estou à espera do quarto filho em Janeiro, portanto os tempos livres é algo que acontece muito pouco. Eu disse há tempos aqui em casa, um pouco na brincadeira, que eu agora só consigo ser João Só nos tempos livres.
Um disco assim, nos “tempos livres” não será um pouco como uma “manta de retalhos” musical?
Não. Tem sido muito engraçado porque tem sido o disco mais a conta gotas que fiz os temas, ainda que uns mais antigos, no final todos eles fazem muito sentido entre si.
Todas elas foram escritas nesses supostos tempos livres, todo o processo foi rápido, foi gravado quando dá. Gosto muito de trabalhar assim, sob pressão.
Agora tenho aquela sensação de eficiência, os meus dias tem janelas de produtividade e tenho de trabalhar duas horas com a Ana Bacalhau, depois tenho de falar com a Nena, a seguir tenho de trabalhar com a Carolina de Deus, depois tenho de tratar dos quatro e meia. E tenho de estar fresco para todas as situações.
Essa dimensão e multiplicidade de actividades exige grandes níveis de organização?
Sim, tenho enorme capacidade, porque tenho uma boa organização de gestão e uma boa equipa de músicos e uma excelente assistente que põe tudo aqui a andar.