Com a ausência de candidaturas às eleições para os órgãos sociais do Vitória, David Leonardo, presidente da Mesa da Assembleia Geral (PMAG), iniciou “um processo de auscultação de várias pessoas ligadas ao nosso clube e à cidade, que culminou com uma reunião do Conselho Vitoriano, realizada na passada sexta-feira”. Em comunicado publicado ontem, o dirigente revelou que os últimos dias foram marcados por “pressões para ser indicado este ou aquele nome e, em sentido contrário, para que outros nomes fossem liminarmente descartados”.
Por saber que a designação de uma Comissão de Gestão “é uma decisão de grande complexidade que nunca irá ao encontro da opinião de todos os associados”, o líder da MAG lança aos vitorianos um repto: “protejam aqueles que nos vão dirigir”. David Leonardo lamenta que “ainda antes de tornada pública a designação da Comissão de Gestão que irá dirigir o VFC até às próximas eleições, começaram já a surgir vozes discordantes e a ser produzido um ruído em redor das pessoas que, por amor ao Vitória e com grande sentido de responsabilidade, responderam positivamente à chamada”, alerta, referindo que “os mesmos que criticaram, que anunciaram soluções e que não se dignaram a submeter a sufrágio, são os mesmos que surgiram já a atacar os eventuais membros da futura Comissão”.
“O Vitória não sobrevive a isto”, afirma, frisando que “é necessário criar uma equipa de trabalho, competente e estável, para conduzir o Vitória aos seus desígnios. Para tanto, há que existir paz e harmonia. Confiança e responsabilidade. Profissionalismo e paixão. E isso só se consegue se os futuros dirigentes sentirem que são acarinhados e reconhecidos pela nobre missão de – contrariamente a tantos outros – darem a cara pelo Vitória, com todos os riscos (pessoais e profissionais) que isso acarreta”.
E finaliza: “Ninguém pode ser forçado a concordar com a integração desta ou daquela pessoa. Mas todos temos a obrigação de respeitar os designados e de lhes assegurar as condições necessárias para exercerem as suas funções. É por isso que apelo ao bom senso, vitorianismo e sentido de responsabilidade de todos os associados e que não deixemos de proteger – de forma implacável – os nossos futuros (ainda que transitórios) dirigentes, não permitindo que as minorias ruidosas (a que já estamos habituados) continuem a destruir o nosso clube. Isso tem de acabar”.