O Projeto do Arco Ribeirinho Sul remonta ao ano de 2008, em termos formais. Decorridos todos estes anos não passou do papel, não teve os desenvolvimentos que iam sendo anunciados em projetos avulsos, (como o terminal de contentores no Barreiro, a ligação Barreiro-Montijo e Barreiro Seixal).Do imenso potencial que encerra pouco ou nada se fez até hoje.
Em 29 de março de 2023, o então Primeiro Ministro António Costa esteve presente na apresentação do Projeto do Arco Ribeirinho Sul. Em 10 de Maio de 2023 é publicada a Resolução do Conselho de Ministros nº 41/2023, que aprova as medidas a realizar, os prazos, montantes de investimento para o início das ações a desenvolver na concretização do Projeto.
Aquela Resolução tem lá tudo Configura um caderno de encargos, com projetos concretos e custos associados. Está bem elaborada. Esclarecedora sobre os territórios abrangidos, as ações a desenvolver no período temporal de 2023 a 2026, com custo global estimado de investimento público de 225.000.000,00€(duzentos e vinte e cinco milhões de euros).É o inicio de um grande Projeto!
Agora sem se perceber muito bem porquê, de forma avulsa, o Primeiro-Ministro Luís Montenegro trouxe à colação o Projeto do Arco Ribeirinho Sul, no congresso do seu Partido, realizado em outubro passado.
É natural que conheça o Projeto e a sua relevância económica, “ de potencial interesse nacional” mas estranha-se as circunstâncias em que lhe fez referência.
Importa recordar que o Arco Ribeirinho Sul compreende geograficamente os territórios dos Municípios de Alcochete, Montijo, Moita, Barreiro, Seixal e Almada. Porém, as referências foram apenas aos Municípios de Almada, Seixal e Barreiro.
A Resolução identifica as entidades envolvidas Empresas Públicas e Municípios, a sua missão. Materializa os eixos estratégicos e projetos concretos, entre outros, a construção de passeios ribeirinhos, construção e reabilitação de terminais fluviais, bem como outras ligações do Barreiro ao Montijo, a extensão do metro sul do Tejo á Costa da Caparica e a Alcochete.
Está lá tudo. Falta executar. A sua execução é motor de desenvolvimento da região, da Área Metropolitana de Lisboa, e do país. Assim exista vontade política, competência e transparência na defesa do interesse publico.