Pinhalnovense: Tudo começou com a dispensa de Marco Dias e saída de China, Zaporo e João Ferreira

Pinhalnovense: Tudo começou com a dispensa de Marco Dias e saída de China, Zaporo e João Ferreira

Pinhalnovense: Tudo começou com a dispensa de Marco Dias e saída de China, Zaporo e João Ferreira

O futebol sénior do Clube Desportivo Pinhalnovense está a viver momentos conturbados devido a ocorrências registadas nos últimos dias que começaram com a dispensa de um dos capitães da equipa, Marco Dias, e pela forma como ela foi feita.

Em solidariedade com o seu companheiro, os outros capitães da equipa, China, Diego Zaporo e João Ferreira decidiram também sair e agora foi a vez do treinador Guilherme Giovety, assim como os treinadores adjuntos, Miguel Taboas e Márcio Goverffo, deixarem de exercer funções.

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A situação é preocupante e os resultados negativos continuam a ser uma realidade, prova disso foi a derrota sofrida em casa no último domingo com o Alfarim e o facto do clube ser o único sem pontos conquistados no campeonato.

O SETUBALENSE falou com Marco Dias que contou ao pormenor como tudo começou. 

Consta que o Marco Dias e mais alguns jogadores do Pinhalnovense foram dispensados, corresponde à realidade?

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Apenas eu fui dispensado. O China, o Diego Zaporo e o João Ferreira, decidiram sair porque não concordavam com nada do que estava a ser feito. Não foram, nem são os únicos que não concordam, mas estávamos num plantel jovem e bem sabemos que não podem deixar de treinar assim. Compreendo perfeitamente e sei bem o que cada um me disse pessoalmente.

Quais as razões invocadas para que isso tivesse acontecido?

Fui dispensado por telefone às 00:00, de uma quinta-feira, pelo treinador. Alegou que foi uma decisão da direção e que lhe disseram para passar a mensagem desta forma. Em choque e com muita revolta, o plantel não aceitou a decisão de ânimo leve e pediu que reuníssemos com equipa técnica e direção.

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Como reagiu o plantel a esta ocorrência?

Como disse, o plantel ficou em choque e não compreendeu a minha exclusão. Reunimos no balneário em horário de treino, sexta-feira. Os capitães e a equipa questionaram a direção. “Porquê? Porquê, sem uma conversa prévia? Expliquem-nos o que vos motivou a fazê-lo e porque o fizeram?” Foram algumas das questões apontadas. O presidente disse-nos que até então tinham presenciado algumas atitudes da minha parte que não aceitavam e que não iam ao encontro dos ideais do clube. Entre as quais: reclamar/mandar bocas e até mesmo algumas trocas de palavras menos bonitas com jogadores adversários e até mesmo adeptos adversários no decorrer do jogo; forma de falar menos correta com jogadores da própria equipa; e num último momento, comportamento menos adequado num jogo de treino com os juniores. A equipa respondeu e defendeu-se da seguinte forma. Alegou que estávamos desapoiados e que ninguém tinha mão dentro do clube. Houve jogadores que questionaram 3/4 vezes , o presidente. Queriam perceber porque é que não se tinha falado nunca com o Marco? Nunca nos soube responder. Disse que foi passando a mensagem ao longo do tempo, pela equipa técnica e que esperava que me chegasse. Não chegou! Nunca se falou. Nunca fui chamado à parte por qualquer atitude que tive. O plantel manteve a posição e foram 40 minutos a tentar contornar a situação e fazer ver o presidente e direção que estavam a tomar uma atitude sem falar comigo primeiro.

Os resultados menos bons obtidos até agora no campeonato terão tido algo a ver com a situação?

Não lhe sei dizer com certeza. Mas dificilmente com resultados positivos, isto aconteceria. Andamos no futebol já há muito tempo para saber como estas coisas funcionam. Do meu lado nunca deixou de haver compromisso e dei sempre tudo pelo clube. Corri por mim, e por muitos outros que se dizem treinadores e diretores. Vou corrigir. Corremos*! A equipa sempre deu tudo, mas nunca teve feedback de nada, nunca sentiu nenhum apoio. O lado pessoal, neste momento, no Pinhal Novo, não existe. Completando, os resultados menos positivos acontecem pela falta de liderança dentro do clube (desde a direção à equipa técnica). Para que fique bem claro, o treinador, depois do jogo do Moitense falou abertamente comigo ao telefone, como sempre o faz, neste telefonema o mesmo despediu-se, a dizer que não iria continuar no clube, dizendo mal do presidente e da maioria dos jogadores, inclusive com alguns alvos já para dispensar. Não sabem andar no futebol, infelizmente.

Sendo um dos capitães de equipa com que sentimento ficou?

Fui eu em grande parte que formei esta equipa. A inexperiência do treinador e do próprio presidente fica demonstrada na falta de conhecimento de jogadores. No fundo não merecia esta ingratidão, fiz tudo pelo clube, nem sandes depois do jogo tínhamos direito, diziam que só acima de 15km de deslocação é que tínhamos direito a um pão. À terça-feira íamos treinar a Palmela, nem um estagiário tínhamos para acompanhamento médico. É de um amadorismo incrível, como nunca vi.

Há algo mais que queira especificar ou esclarecer?

Dizer que o Pinhalnovense é o meu clube para sempre, a minha ligação ao clube vem desde pequeno, a minha família foi sempre ligada ao clube, inclusive o meu tio Amândio Dias foi o maior presidente que o meu clube já teve e alguma vez irá ter. Tenho pena do rumo que o clube está a levar, porque seja com esta direção ou com este treinador não tem futuro nenhum. Um abraço aos meus ex-colegas, levo-os a todos no meu coração.

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