Presidentes de câmara informados sobre a Terceira Travessia sobre o Tejo. Reuniões separadas foram convocadas por Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas
Carlos Albino, Maria Clara Silva e Paulo Silva, presidentes das câmaras municipais de Moita, Montijo e Seixal, respectivamente, reuniram-se esta quarta-feira com o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, em Lisboa.
Os autarcas foram convocados pelo governante para reuniões separadas. A construção da futura ponte de ligação entre as duas margens do Tejo – investimento anunciado pelo Governo aquando da comunicação da decisão de localização do futuro aeroporto no Campo de Tiro – foi o tema que motivou o agendamento dos encontros com os três autarcas.
Em cima da mesa, conforme já havia confirmado a presidente da Câmara Municipal do Montijo a O SETUBALENSE, estiveram “os estudos sobre as valências e principais características topológicas da Terceira Travessia sobre o Tejo no eixo Chelas-Barreiro”.
Paulo Silva, presidente da Câmara do Seixal, foi o primeiro a sentar-se à mesa com Hugo Espírito Santo, antes de o secretário de Estado dar início a nova reunião, pelas 16 horas, com Maria Clara Silva, que preside à autarquia do Montijo. Depois foi a vez de Carlos Albino, presidente da Câmara da Moita, ser recebido por Hugo Espírito Santo. A reunião do autarca moitense com o governante estava agendada para as 17 horas.
De acordo com uma nota do município do Seixal, Paulo Silva vincou ao secretário de Estado que a futura ponte “deve ser rodoferroviária e deve ser associada à construção de uma ponte rodoviária que ligue o Seixal ao Barreiro”. A construção da ligação entre Seixal e Barreiro é, para o município, “uma prioridade fundamental”, já que “permitirá aproximar os dois concelhos bem como facilitar a circulação do trânsito entre estas localidades”.
Estes encontros, apesar de marcados previamente, surgiram três dias depois de o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter anunciado no encerramento do congresso nacional do PSD, em Braga, a intenção de o Governo avançar com a criação de uma sociedade para a reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa. Situação que causou algum desconforto entre autarcas da região, não só por não terem sido informados previamente como também pelo receio de que o projecto anunciado possa, em alguma medida, comprometer os investimentos decididos pelo anterior Governo, socialista, para o Arco Ribeirinho Sul.