Propostas de Clara Silva, presidente da Câmara, acolhidas pelo Conselho Municipal de Segurança. Autarca vai solicitar audiência a Margarida Blasco, para reivindicar meios de policiamento para a cidade
Solicitar uma reunião à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, para reivindicar o necessário reforço de meios de policiamento no Montijo, e estudar a possibilidade de instalação de videovigilância na baixa da cidade. Estas foram duas propostas apresentadas por Maria Clara Silva, presidente da Câmara do Montijo, durante a reunião do Conselho Municipal de Segurança, que ocorreu ontem, 22, nos Paços do Concelho.
As propostas foram acolhidas pelo Conselho e visam dar resposta à necessidade de reforço de segurança, face às mais recentes ocorrências criminais reportadas às autoridades e ao município, que têm gerado preocupação e receio entre, sobretudo, comerciantes locais.
No que concerne à videovigilância, o conselho restrito – desta entidade de âmbito consultivo – ficou encarregado não só de “estudar a possibilidade de instalação de câmaras” na baixa da cidade como também de apresentar “com celeridade uma proposta ao plenário”, indica o município do Montijo, em nota enviada à redacção de O SETUBALENSE.
E será a partir da proposta do conselho restrito do Conselho Municipal de Segurança que, depois, a Câmara do Montijo decidirá sobre a instalação de videovigilância em pontos estratégicos do centro da cidade, adianta a autarquia, ao mesmo tempo que garante que “todo o processo ocorrerá com a maior celeridade possível”.
A edilidade faz notar que o Conselho Municipal de Segurança é formado pelo plenário, que engloba a totalidade dos membros que integram o Conselho (como representantes do sector social e da comunidade educativa, a juntar a representantes do município e das forças de segurança, entre outros), e pelo conselho restrito, composto apenas por Câmara Municipal e forças de segurança.
“Para se tomar uma decisão sobre a necessidade de se instalar câmaras de videovigilância é necessário acautelar questões técnicas e jurídicas, que só são bem estudadas por um núcleo mais restrito e com os necessários conhecimentos técnicos”, indica a autarquia, para justificar a entrega do processo ao conselho restrito.
Ainda de acordo com a mesma nota do município, durante a reunião do Conselho Municipal de Segurança foi dada a conhecer a evolução da criminalidade no concelho pelo comandante do destacamento da GNR do Montijo, nas áreas sob responsabilidade desta força militar.
O responsável apresentou “dados sobre a criminalidade geral actualizados até 30 de Setembro de 2024”. Face aos dados apurados “é previsível que o número de ocorrências de 2024 fique abaixo do número de ocorrências de 2023”. “Em 2023 houve um aumento de criminalidade, que se deveu, essencialmente, a furtos (designadamente, em lojas no Alegro Montijo e no interior de veículos) e também a violência doméstica”, lê-se na mesma nota.
Já em relação à freguesia de Canha, que é da responsabilidade do destacamento da GNR de Palmela, o pico da criminalidade “foi atingido em 2022”. E os crimes mais participados “são incêndios florestais, violência doméstica e condução sem habilitação legal”.
À margem da reunião do Conselho Municipal de Segurança, o vice-presidente da autarquia, José Manuel Santos, reuniu-se no passado dia 15 com os comerciantes da baixa da cidade, para auscultar as preocupações resultantes das recentes ocorrências registadas no centro da cidade.