Nuno Ferreira, treinador dos Pescadores da Caparica, primeiro classificado da Série B, lamenta o facto de estar tanto tempo sem competir mas garante que a equipa tudo vai fazer para subir de divisão e se possível ser campeão.
Aproveitando a pausa forçada no Campeonato Distrital da 2.ª Divisão, em virtude do caso que está a impedir o normal desenrolar do mesmo, devido ao jogo do empurra entre o Conselho Técnico e o Conselho Jurisdicional da AF Setúbal na questão relacionada com o protesto apresentado pelo Águas de Moura em relação ao jogo que disputou com o Quintajense, o nosso jornal convidou o treinador dos Pescadores, Nuno Ferreira, para fazer o balanço daquilo que foi a primeira fase do campeonato.
Na conversa que tivemos falámos também dos próximos objectivos do clube e da polémica que está a atrasar o início da segunda fase da competição.
Que balanço se pode fazer da primeira fase do campeonato?
– Dificilmente poderia ser mais positivo. Começámos menos bem, com dois empates nas quatro primeiras jornadas que nos fez andar a primeira metade do campeonato a correr atrás dos nossos adversários. No início da segunda volta assumimos a liderança e não mais quisemos sair de lá.
A equipa esteve invencível até à antepenúltima jornada. Gostaria de ter terminado sem derrotas?
Ninguém gosta de perder, seja em que contexto for e nós não somos diferentes. Se no início da época nos dissessem que iríamos estar os primeiros 4 meses sem perder, seria difícil alguém acreditar. No entanto, isso foi uma realidade. Uma realidade que nós construímos. Todos os jogos têm a sua história e a única derrota que tivemos, até aqui, foi frente à única equipa a quem não ganhámos este ano. Nós tínhamos assegurado a passagem à segunda fase e o Brejos necessitava da vitória para ir ao Seixal na jornada seguinte e lutar também pelo apuramento. O nosso foco era ganhar mas a ambição do adversário deitou abaixo uma série de 13 jogos sem perder.
Como é que está a perspectivar a fase final e qual o objectivo dos Pescadores?
Iniciámos a época com três objectivos claros. O primeiro está atingido, a passagem à fase final. A partir daqui queremos subir de divisão e a cereja no topo do bolo seria a subida aliada à conquista do título, é para isso que trabalhamos. Em relação às expectativas para a fase final, esperamos uma continuação de campeonato extremamente complicado como foi até aqui. Ao longo das 16 jornadas não houve um jogo que possamos dizer que foi fácil. Em todos eles tivemos de trabalhar muito e bem para sair vencedores. A fase final irá com certeza aumentar esse registo de competitividade.
Que tem a dizer sobre o “imbróglio” que se instalou na série A. Sente que isso está a afectar a planificação do trabalho dos clubes?
Este é um tema delicado. Não gosto de comentar situações sobre as quais não tenho a plenitude do conhecimento. No entanto, posso dizer que não é do nosso agrado estar tanto tempo sem competir. Preparámos a época a contar com uma semana de paragem e neste momento já vai em três semanas. Veremos como termina este episódio menos bom, espero que se resolva da melhor forma. Tenho pena de estar neste impasse mas o nosso foco mantém-se intacto.