Autarcas socialistas “exigem” que Governo e autoridades adoptem medidas para resolver crise das urgências
As urgências de Obstetrícia e Ginecologia da região continuam com défice de médicos nas escalas de urgências hospitalares, sendo o Hospital de São Bernardo o maior exemplo desta situação, com o centro hospitalar a estar sem esta urgência até às 9 horas de dia 6 de Setembro.
Ao longo desta semana, a cidade de Setúbal tem sido uma das mais afectadas, sendo que a urgência de Obstetrícia e Ginecologia de Setúbal esteve encerrada desde segunda-feira.
O Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), actualizado diariamente, tem a indicação que este serviço de urgência estará encerrado até dia 3 de Setembro, mas ao que O SETUBALENSE conseguiu apurar junto de fonte oficial do Hospital de São Bernardo, a urgência de Obstetrícia e Ginecologia só tem abertura marcada para as 9 horas de dia 6 de Setembro, mantendo dessa forma o calendário definido em articulação com os hospitais da península.
Socialistas querem soluções para serviços de urgências
Os presidentes de junta de freguesia do Distrito de Setúbal eleitos pelo Partido Socialista afirmam estar a acompanhar “de perto” os problemas com as urgências hospitalares de obstetrícia e ginecologia, manifestando a sua “profunda preocupação face à situação alarmante” que se vive no distrito.
No entender dos autarcas, esta situação pode “colocar em risco a saúde e o bem-estar das grávidas”, que têm sido “obrigadas” a deslocar-se para outras unidades hospitalares, “muitas vezes a quilómetros de distância das suas residências”.
Em nota de Imprensa enviada à redacção d’O SETUBALENSE, os eleitos socialistas entendem que esta situação tem um “agravamento muito substancial” na história recente do distrito, uma vez que este “nunca ficou completamente sem resposta” nas urgências de obstetrícia por períodos alargados, explicando que em “crises anteriores, sempre se acautelaram alternativas, com planos de emergência coordenados em conjunto com as unidades hospitalares”.
Segundo os autarcas, houve tempos em que foi necessário o encerramento temporário de alguns serviços hospitalares havendo “rotatividade garantida”, mas que actualmente os encerramentos temporários “passaram a prolongar-se por tempo indeterminado, em especialidades de extrema relevância, colocando em causa uma das maiores conquistas que Abril trouxe, o Serviço Nacional de Saúde”.
“Perante estes factos não basta a colocação de pensos rápidos, nem a aplicação de soluções pontuais, mas de medidas estruturais que, efectivamente, resultem na resolução de um problema que hoje apresenta tamanha dimensão”, apontam os presidentes de junta de freguesia.
Desta forma, os autarcas “exigem” que o Governo e as autoridades competentes adoptem as “medidas necessárias e eficazes para resolver a crise das urgências de obstetrícia”, garantindo assim que todas as grávidas tenham “acesso aos cuidados essenciais e apoio contínuo” durante a gravidez e “no momento do parto, e em tempo útil”.