Sesimbra tremeu e assustou-se, mas apenas casos de fissuras em dois edifícios foram confirmados, e sem risco para os moradores 

Sesimbra tremeu e assustou-se, mas apenas casos de fissuras em dois edifícios foram confirmados, e sem risco para os moradores 

Sesimbra tremeu e assustou-se, mas apenas casos de fissuras em dois edifícios foram confirmados, e sem risco para os moradores 

Protecção Civil e Câmara Municipal já monitorizaram edifícios municipais, monumentos, escolas, e também falésias. Não existiram danos

sismo da madrugada de 26 de Agosto, mas nada de risco foi, de facto, registado pela Protecção Civil Municipal, que esteve nos locais.

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A terra tremeu às 5h11, foi sentido, e ouvido com alguma intensidade no concelho e, às 5h40, o telefone tocou nos Bombeiros Voluntários de Sesimbra. “Era a moradora de uma vivenda na Quinta do Conde. Queixou-se de terem abertos brechas no edifício”, conta o responsável pela Protecção Civil de Sesimbra, e comandante dos bombeiros do concelho, Ricardo Caleiro.

De seguida, os bombeiros deslocaram-se ao local e “verificaram que eram duas pequenas fissuras, rachaduras, uma no sótão e outra no muro de vedação. Nada que fosse de risco para quem lá mora”, descreve o comandante.

Esta “foi a única chamada que os bombeiros receberam”, afirma, mas, pouco depois, Ricardo Caleiro teve conhecimento de um outro caso. Na zona histórica da vila de Sesimbra numa casa antiga, o sismo provou o descair de uma porta e alguns danos na parte baixa da aduela. “Recebi uma fotografia do que aconteceu, enviada pelo morador”, conta o responsável pela Protecção Civil e, mais uma vez, verificou-se que não havia situação de risco. “Foram os dois únicos casos de que tivemos conhecimento”.

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Mas, mesmo sem mais ocorrências, Protecção Civil e Câmara de Sesimbra mantiveram as preocupações em alta. “Ouvi e senti o sismo, teve uma intensidade significava”, lembra Ricardo Caleiro que, de imediato, teve a preocupação de observar se havia risco de tsunami. “O mar estava calmo”, afirma.

Naquele momento, ainda não havia conhecimento preciso de que o abalo teve uma magnitude de 5,3 na Escala de Richter, com epicentro localizado a cerca de 60 quilómetros a oeste de Sines, diferente dos restantes sismos por se localizar mais a norte da fronteira entre a placa tectónica euroasiática e a placa africana.

Logo às primeiras horas da manhã de segunda-feira, 26 de Agosto, o Serviço Municipal de Protecção Civil e Câmara de Sesimbra estiveram no terreno para detectar possíveis danos em edifícios municipais, sobretudo monumentos, escolas, e também falésias. “Não houve registo de alterações ou danos”, dá a saber a autarquia.

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Além do risco de um tsunami atingir a frente costeira da vila de Sesimbra, diz Ricardo Caleiro que uma das grandes preocupações são as falésias que abraçam toda a localidade. “A vila de Sesimbra é uma concha fechada, se a arriba cair a população fica isolada do resto do concelho. Esse é o nosso grande receio, por isso estamos sempre atentos ao aparecimento de uma brecha naquela zona”.

Quanto a uma possível invasão da vila pelas águas do oceano Atlântico, diz o comandante que, se acontecer, não se prevê grande riscos. “As águas poderão subir cerca de 200 metros, só os edifícios mesmo na linha de costa irão sofrer danos”.

Para Ricardo Caleiro é fundamental preparar a população para os riscos consequentes a um sismo, um ensinamento que tem de começar pelas crianças. “Fazemos várias acções nas escolas sobre como reagir perante um sismo, até porque, muitas vezes, são as próprias crianças que ensinam os adultos”.

Entretanto, a 1 de Março deste ano, realizou-se em Sesimbra o exercício de risco sísmico SISMEX 2023, no âmbito das comemorações do Dia Internacional da Protecção Civil.

Durante o exercício foi simulada a ocorrência de um sismo de magnitude 6,3 na Escala de Richter, sentido com intensidade no concelho, que levou à activação do Plano Municipal de Emergência.

O SISMEX foi promovido pela Câmara Municipal de Sesimbra, através do Gabinete de Protecção Civil Sesimbra, com o objectivo de testar a resposta numa situação de catástrofe, identificar pontos críticos, treinar as equipas técnicas e operacionais, assim como testar os procedimentos de tomada de decisão.

Durante o exercício simulou-se a resposta numa situação de derrocada de terras na Praia da Califórnia e um incêndio urbano na Rua Marquês de Pombal.

Participaram no simulacro a Autoridade Marítima Nacional, os Bombeiros Voluntários de Sesimbra e a Guarda Nacional Republicana, assim como alunos do Agrupamento de Escolas de Sampaio e voluntários.

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