Ineficácia na finalização volta a tramar Vitória

Ineficácia na finalização volta a tramar Vitória

Ineficácia na finalização volta a tramar Vitória

Sadinos perdem com o Braga num jogo em que, mais uma vez, o guarda-redes adversário foi o melhor em campo

 

 

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O Vitória FC perdeu , por 1-0, na recepção ao Sporting de Braga, em partida da 26.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol. À excepção do capítulo da finalização, em que o golo apontado por Murilo, aos 35 minutos, fez a diferença, os setubalenses, que estão envolvidos na luta pela permanência no escalão principal, em nada foram inferiores ao adversário, que está no 3.º lugar na classificação.

Os minhotos, que em Dezembro já tinham vencido em Setúbal na Taça de Portugal (1-0 após prolongamento) e 4-0 na Taça da Liga, podem agradecer ao seu guarda-redes Tiago Sá, de longe o melhor elemento em campo, a conquista dos três pontos. Refira-se que este foi o segundo desaire nas oito partidas que o Vitória leva na era Sandro Mendes. Antes tinha acontecido há exactamente um mês com o FC Porto, por 2-0, no Estádio do Dragão.

O jogo de sábado teve um ilustre setubalense a assistir, uma vez que José Mourinho foi um dos 6.307 espectadores presentes. Depois de ter estado Vitória-Santa Clara de 22 de Dezembro de 2018 (derrota sadina por 2-0), foi a segunda vez esta temporada que o ex-técnico dos ingleses do Manchester United presenciou um jogo do clube de que é associado desde o dia em que nasceu.

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Em relação ao encontro, o Sporting de Braga entrou melhor no jogo e quase marcou, aos 5 minutos, por intermédio de Ricardo Horta que, assistido por Murilo, viu o defesa Artur Jorge travar em carrinho o remate que levava a direcção da baliza do georgiano Makaridze.

Com o dobro dos remates do oponente no primeiro tempo (oito contra quatro), os setubalenses tiveram no guardião Tiago Sá um muro intransponível. Aos seis e sete minutos, Jhonder Cádiz e Nuno Valente, respectivamente, testaram a atenção do guarda-redes.

Com a partida a ser jogada a bom ritmo, os lances de perigo sucediam-se junto de ambas as balizas. Aos 16 minutos, uma perda de bola de Nuno Valente para Murilo permitiu que o brasileiro Murilo cruzasse para o compatriota Fransérgio, que chegou atrasado à emenda. O Vitória reagiu e voltou a ameaçar marcar em remates de Nuno Valente e Jhonder Cádiz (23 e 25 minutos) que voltaram a ser defendidos por Tiago Sá.

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Mais eficaz, o Sporting de Braga chegou ao 1-0, aos 35 minutos. Assistido por Murilo, Dyego Sousa – avançado nascido no Brasil que foi convocado por Fernando Santos para a Selecção A de Portugal – rematou ao poste esquerdo e, rápido a posicionar-se no interior da área, Murilo, sozinho, empurrou, sem oposição, para o golo dos minhotos.

Até ao intervalo, apenas um disparo de Mano do meio da rua, aos 41 minutos, trouxe emoção ao encontro. O resultado do lance foi o mesmo que se tinha verificado até aí com mais uma defesa atenta de Tiago Sá a segurar a vantagem da sua equipa.

No segundo tempo, o Vitória lançou-se na busca do empate, mas todas as tentativas revelaram-se infrutíferas. Aos 66 minutos, os adeptos presentes no Bonfim gritaram golo, após remate de Allef (substituiu Rúben Micael aos 59 minutos), mas o lance foi invalidado por fora de jogo.

Os minhotos, que testaram a atenção de Makaridze num remate de Dyego Sousa (55 minutos), agarraram-se à vantagem e sofreram a bom sofrer para a segurar o 1-0 até ao apito final. Já com Zequinha e Kigi Sekgota em campo, o Vitória teve duas oportunidades soberanas para empatar. Aos 90+2 e 90+3, valeu à equipa de Abel Ferreira, o guardião Tiago Sá que travou remates de Kigi Sekgota e Allef, respectivamente.

Com a derrota, o Vitória segue junto aos últimos lugares da classificação. Há 15 jornadas sem ganhar (17 no total se juntarmos as partidas das Taças de Portugal e da Liga), numa altura em que restam oito jornadas para o final do campeonato, a margem de erro é cada vez mais reduzida para a equipa treinada por Sandro Mendes.

 

 

Sandro Mendes: «Foi o melhor jogo desde a minha chegada»

“Na minha opinião, foi o melhor jogo do Vitória desde a minha chegada [substituiu Lito Vidigal há oito jornadas a 25 de Janeiro de 2018]. Não jogámos contra uma equipa qualquer. Trata-se de um adversário que se assumiu como candidato ao título e nós em nada fomos inferiores. Conseguimos jogar por dentro e por fora e quisemos ganhar. Por querem-no muito, os jogadores precipitaram-me às vezes por isso.

Faltou-nos fazer o golo para ganhar. Quem joga assim está mais perto de ganhar. Obrigámos o Sporting de Braga a queimar tempo e isso é algo que não há muitas que o consigam fazer. A primeira parte foi equilibrada e, na segunda, fizemos um golo mas estava fora de jogo. Não conseguimos concretizar as várias oportunidades que tivemos.

[Arbitragem?] Desde que cheguei nunca falei de arbitragem. Não me cabe a mim comentar.

Não existem vitórias morais, mas, a jogar assim, estamos muito mais perto de ganhar do que perder.

[Como motivar equipa que não vence há 15 jornadas?] A motivação é intrínseca. Os jogadores têm família, querem melhores contratos e é a isso que nos tempos de agarrar. É aí que temos de ir buscar a motivação. Dependemos de nós.”

 

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