Na 1ª Meia Jornada Arrábida Sado, realizada no Convento de S. Paulo, em Setúbal, o valor ambiental e económico do binómio Arrábida-Sado foi debatido tendo como foco o presente e a sustentabilidade do futuro.
Com a presença de representantes de entidades da região, autarcas, especialistas em turismo, ambientalistas e pescadores. A abertura da conferência ficou a cargo de Rui Garcia, presidente do conselho directivo da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), que destacou “a importância de encontrar o caminho do desenvolvimento sustentável, entre parceiros, locais e regionais”.
Rui Garcia destacou três acções determinantes para que seja possível concretizar o trabalho de parceria. “Preservar, defender e reservar”.
Sobre a iniciativa da conferência, promovida pelo jornal O SETUBALENSE – DIÁRIO DA REGIÃO, Rui Garcia destacou “uma amplitude muito positiva do evento promovido por um órgão de comunicação social que desempenha um papel fundamental na região” e referiu a importância de “promover momentos como este, em que vários parceiros regionais se unem para debater o futuro e o desenvolvimento económico de duas grandes mais-valias da região: a Arrábida e o Sado”.
Como esperança no futuro sustentável, o presidente da AMRS defende que “existe a percepção de que se está a fazer um caminho, quer do ponto de vista da preservação ambiental, quer do ponto de vista do desenvolvimento económico. E têm-se alcançado resultados, naturalmente com a consciência de que ainda há muito a fazer ”.
Um caminho que passa por “continuar com as questões de defesa do ambiente, porque continuam a existir impactos significativos de ameaças que precisam de ser dominadas. E do ponto de vista económico há também ainda muito a fazer, para que esta região aproveite melhor o grande crescimento do turismo, que vem de Lisboa e começa a espalhar-se um pouco até à nossa região mas ainda de uma forma muito incipiente”.
Neste panorama, em que a Arrábida e o Sado caminham para um desenvolvimento sustentado, entre a defesa do ambiente e o crescimento económico, surge a candidatura da Arrábida a Reserva da Biosfera, enquanto elemento agregador. “Esta candidatura tem o papel de unir os actores locais em torno da governação do território, da sua defesa e valorização, tal como foi feito através desta conferência”.
Na organização do encontro esteve também a Universidade de Évora, representada por Mourad Bezzeghoud, director da Escola de Ciências e tecnologia.