A presidente da União das Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira destaca investimento e programas desenvolvidos
A gestão da Junta da União das Freguesias de Baixa da Banheira e Vale da Amoreira já entrou em ‘velocidade de cruzeiro’, o que tem permitido ao executivo liderado por Bárbara Dias levar por diante projectos e acções programadas com maior eficácia. E este terceiro ano de mandato é disso exemplo, conforme admite a presidente.
“Já não estamos focados em arrumar a casa, o que nos permite pôr melhor em prática as acções que prometemos realizar para este ano. De um modo geral, a maior parte dessas coisas já estão em prática ou em execução. As iniciativas estão a correr muito bem”, diz a autarca, em jeito de balanço à actividade desenvolvida ao longo dos últimos tempos.
E dá exemplos de algumas conquistas, como a inauguração recente do Centro de Desenvolvimento Social e Comunitário. “Foi uma das nossas grandes bandeiras. Quando nos candidatámos, apurámos que existia uma grande necessidade e vulnerabilidade a nível social. E a verdade é que conseguimos inaugurar este centro, também através de fundos do PRR e em colaboração com a Câmara Municipal”, lembra. “Temos o centro a trabalhar, já estão até programadas algumas actividades tal como foi planeado: o Jardim de Pais, o Sem Mais Professor, o acompanhamento e encaminhamento na área social, o Animarte…”, detalha.
Bárbara Dias destaca também a actividade nas férias escolares para os jovens, ao abrigo de uma parceria com a Omnis Factum Associação. “Juntos elaborámos um projecto de voluntariado para nos candidatarmos a bolsas do IPDJ. Permitiu-nos trabalhar na questão da sustentabilidade [ambiental] e a adesão foi um sucesso. Vieram jovens de vários concelhos abraçar esta iniciativa, que abrange as duas localidades: na Baixa da Banheira o local é o nosso parque Zeca Afonso, onde se faz identificação de espécies, quer de flora quer de fauna, com criação de um percurso interpretativo… ao nível da avifauna também se faz a identificação, para produzirmos alguns painéis e dar a conhecer às pessoas o que ali existe”.
No Vale da Amoreira, adianta, a opção recaiu em pinturas de murais. “Aproveitando que algumas pracetas junto ao edifício da junta têm nomes de flores e uma vez que o voluntariado é na área da natureza, os jovens foram fazendo pinturas alusivas às plantas. Por exemplo, no largo dos cravos foram ainda produzidos cravos com garrafões antigos e outros materiais reutilizados… no túnel que dá acesso à Praceta das Camélias fizeram várias pinturas destas flores”, sublinha.
No final, o balanço foi “muito positivo”. “Abrangemos cerca de 20 jovens por semana, nas férias que decorreram entre os dias 1 e 19”, contabiliza.
Carrinha e projectos na forja
Em termos de reforço da capacidade operacional, a socialista faz notar que já foi lançado o concurso para aquisição de uma carrinha de 9 lugares. “Era também umas das medidas do nosso programa eleitoral. Faz falta para dar apoio à área social, ao movimento associativo, às escolas, à área sénior… O concurso já tem um vencedor e aguardamos apenas o equipamento. A saúde financeira da junta permite efectuar o pagamento imediato, a pronto, sem recurso a crédito para esta aquisição”, frisa.
Já no que toca a obra, Bárbara Dias salienta que “está em andamento o parque infantil junto à Avenida Almada Negreiros”. A adjudicação por concurso está também já definida. “Vai ser uma obra muito completa, para as crianças e famílias de Vale de Amoreira desfrutarem.”
E na área do desporto, a presidente da junta realça a promoção do basquetebol – como o apoio dado à realização de um torneio 3×3, dinamizado pelo Grupo Desportivo de Portugal –, aproveitando o facto de a freguesia estar representada ao mais alto nível na modalidade por Neemias Queta, que está homenageado com um mural na localidade.
Quanto ao futuro, a autarca revela que a junta está empenhada na possibilidade de poder ter “um parque canino”, por sugestão de moradores das duas localidades. E na forja está o lançamento, ainda para este ano, do regulamento do Orçamento Participativo, para que “as pessoas, colectividades e associações possam apresentar e desenvolver os seus projectos”. “O Orçamento Participativo é limitado a investimentos até aos 5 mil euros”, aponta.
Já aprovado está o regulamento de apoio ao associativismo, que permitirá a atribuição de verbas por parte da junta para concretização de programas de formação e capacitação.
Para Setembro próximo está preparado o lançamento de uma iniciativa dirigida às jovens, sobretudo às que frequentam o ensino secundário. “É a entrega de produtos de higiene feminina. Esta iniciativa está a ser já preparada e será concretizada em Setembro”, desvenda Bárbara Dias. “É uma medida que também estava no nosso orçamento e nos nossos objectivos para 2024”, conclui.
Festas Balanço “é positivo” mas no Vale da Amoreira é para “melhorar”
Nota positiva merecem também, no entender de Bárbara Dias, as festas populares promovidas pela junta. “O balanço, de forma geral, é positivo, tendo em conta que ambas as festas não têm uma comissão organizadora. Resultam de muito esforço e dedicação das freguesias”, defende.
“No Vale de Amoreira, a festa precisa de melhoramentos e até ouvimos da população e comerciantes algumas sugestões. Ficámos de lançar uma espécie de inquérito, para colher opiniões. No nosso mandado definiu-se o novo local da festa e foi bem acolhido, mas sabemos que temos de aperfeiçoar. O cartaz de artistas foi bastante diversificado, para que todos pudessem visitar o Vale da Amoreira”, aponta.
“Na Baixa da Banheira foi um grande sucesso, uma festa com três palcos, para não deixar cair a tradição de uma ligação com a Igreja. Este ano tivemos uma alteração da configuração, que nos permitiu receber mais divertimentos e fazer com que a festa ficasse toda no mesmo recinto. Ganhámos muito mais espaço e o pátio ribeirinho permitiu o som musical até mais tarde. Esta mudança foi muito bem aceite pela população”, analisa.
“O cartaz é o que é, nunca está em consonância com todos. Mas não podemos esquecer que estas são festas de freguesia e temos de ver os contextos actuais, não esquecendo que os artistas actualmente são agenciados e levam preços que não comportam aquilo que é o orçamento de uma junta”, adverte a presidente. “No entanto, o cartaz foi bastante diversificado e com nomes bem conhecidos, como Jorge Guerreiro, o Tributo a Xutos, Luciana Abreu e Rouxinol Faduncho. Tivemos sempre o recinto cheio”, finaliza.