22 Julho 2024, Segunda-feira

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Um plano estratégico para Setúbal

Um plano estratégico para Setúbal

Um plano estratégico para Setúbal

, Doutor em Ciências da Educação
17 Julho 2024, Quarta-feira
Doutor em Ciências da Educação

O Partido Socialista acaba de realizar eleições internas e sufragado os novos órgãos com uma maioria expressiva. Como é conhecido o alinhamento da anterior maioria, agora confirmada, com a liderança nacional, é previsível a agenda política futura e o seu posicionamento nas questões nacionais e internacionais. Relativamente às autárquicas, a realizar no próximo ano, é expectável que só exista um objetivo – conquistar a Câmara à CDU e, se possível, todas as freguesias.
O objetivo não é novo e não parece difícil de alcançar, salvo alguma surpresa como o regresso da anterior presidente, cujos efeitos são fáceis de imaginar, um enorme tombo para o PCP e dificuldades acrescidas para o PS. Mas também pode acontecer que o PSD, a manter-se o governo, consiga tirar algum coelho da cartola que baralhe os resultados ou o Chega se mantenha, tão vivo como está, e consiga um brilharete. Também não é despiciendo pensar que qualquer dos outros partidos pode conseguir resultados que venham a ser importantes no momento de fazer as contas e formar uma maioria de governo municipal.
Assim sendo, tudo está em aberto e o PS tem uma empreitada pela frente que nem é fácil, nem segura, e que apenas conseguirá levar a bom termo se apresentar um cabeça de lista capaz de conquistar eleitorado fora do seu campo habitual de recrutamento e uma equipa credível do ponto de vista profissional e com provas dadas fora da política.
Setúbal começa a ser olhada como uma start up municipal, isto é, uma cidade e um concelho que têm tudo para se projetarem de forma rápida como um caso de sucesso no desenvolvimento do país e até liderar uma verdadeira revolução socioeconómica a sul do tejo, de que o novo aeroporto e a nova ponte serão pedra fundamental.
O concelho e a cidade dispõem de um enorme potencial em termos de recursos naturais, económicos, académicos e de atração de pessoas. Chega a ser quase inacreditável como gente de longínquas paragens aqui aflui, e não nos referimos a imigrantes ocasionais, mas a pessoas que fizeram a sua escolha recorrendo à informação disponível na net, chegaram, investiram e estão-se a integrar, tendo ficado motivadas pelas várias características da cidade e concelho, com índices de qualidade de vida reais, não apenas estatísticos, dos melhores do país.
É por isso uma enorme responsabilidade governar Setúbal nos próximos tempos e isso exigirá uma nova abordagem na gestão autárquica, mais centrada na captação de investimento e na internacionalização, impulsionadora da atividade económica e da relação economia-academia-ciência-investimento-desenvolvimento. Naturalmente, é preciso aprofundar o trabalho social, melhorar as infraestruturas, atender à educação, à saúde e à cultura, mas tudo isto sai beneficiado desta nova forma de olhar para a missão das autarquias.
As eleições autárquicas são o momento ideal para quem quiser ganhar as eleições elaborar um Plano Estratégico para o concelho, que defina uma meta principal, objetivos a alcançar nas várias áreas e formas de avaliar o seu cumprimento.
Não um programa partidário, antes um empreendimento colaborativo resultante de um amplo debate com todas as forças interessadas em prestar o seu apoio a um projeto de desenvolvimento que não seja de esquerda, nem de direita, mas capaz de unir a maioria dos setubalenses, todos os que aqui nasceram ou que escolheram aqui viver. Setúbal é hoje visto como um concelho bom para investir, como uma terra de oportunidades e as eleições autárquicas são o momento de eleger quem consiga surfar esta onda.

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