9 Julho 2024, Terça-feira

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Morreu radialista Armando Carvalhêda, divulgador da música portuguesa

Morreu radialista Armando Carvalhêda, divulgador da música portuguesa

Morreu radialista Armando Carvalhêda, divulgador da música portuguesa

Fundador da Rádio Clube de Alcácer do Sal nasceu em Lisboa, viveu a adolescência em Setúbal e faleceu na sua casa em Sesimbra

O radialista Armando Carvalhêda, que se distinguiu como divulgador da música portuguesa, morreu esta terça-feira aos 73 anos, na sua casa no Meco, em Sesimbra, noticiou a Antena 1, canal da rádio pública onde trabalhou durante quase meio século.

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Armando Carvalhêda distinguiu-se como autor do “Viva a Música”, programa exclusivamente dedicado à divulgação da “música cantada em português”, que realizou durante 24 anos, de 1996 a 2020, fazendo dele um dos programas com mais tempo de vida da Antena 1.

“Viva a Música”, que muitas vezes arriscou a transmissão de música tocada em directo, revelando novos cantores, compositores e músicos, tinha produção de Ana Sofia Carvalhêda, filha do radialista.

Armando Carvalhêda nasceu em Lisboa, em 30 de Dezembro de 1950, viveu a infância e a adolescência em Setúbal, e iniciou-se na rádio em 1967, naquela que foi a “primeira estação pirata” portuguesa, o Rádio Clube de Alcácer do Sal, que ajudou a criar, segundo a informação publicada pela Antena 1 no seu ‘site’ na Internet.

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O canal da rádio pública cita o historiador Rogério Santos, que relata como esta estação pirata teve início em onda média, com a construção de um emissor rudimentar e não mais do que “um gravador, dois gira-discos e um microfone”.

O Rádio Clube de Alcácer do Sal, no entanto, acabaria pouco depois, como recorda a Antena 1, na sequência de uma entrevista a José Afonso, que “incomodou ao poder” da ditadura.

A etapa seguinte na rádio foi em 1972, durante o serviço militar de Armando Carvalhêda na Guiné-Bissau. No regresso a Portugal, em 1973, entrou para a antiga Emissora Nacional.

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Na década de 1980, quando a estação pública já se denominava Rádio Difusão Portuguesa (RDP), passou a realizar diversos programas no primeiro canal da RDP. A partir de 1996, com “Viva a Música”, assumiu o que considerava ser a sua missão de divulgador da música portuguesa e dos seus músicos, e de ajudar à sua afirmação.

A Antena 1 destaca a emissão especial que Armando Carvalhêda fez desde a Bósnia, em 1995, quando produziu e apresentou o concerto “Juntos na Distância”, durante o conflito nos Balcãs, “com o objectivo de dar ânimo aos soldados portugueses destacados na gestão do conflito”.

Nos anos de 1980, Armando Carvalhêda esteve ligado à criação e lançamento do projecto de solidariedade Pirilampo Mágico da Antena 1, em parceria com a Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Socia (Fenacerci).

Armando Carvalhêda dizia que “fazer rádio não era profissão”, recorda hoje a Antena 1. “Era paixão”.

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