Vitória não sabe aproveitar superioridade numérica

Vitória não sabe aproveitar superioridade numérica

Vitória não sabe aproveitar superioridade numérica

Sadinos não conseguiram ganhar nenhum dos últimos sete jogos em que os adversários terminaram com 10 jogadores em campo

 

O nulo registado anteontem entre o Vitória FC e o Tondela, em partida da 25.ª jornada da I Liga, pôs a nu a evidência de que a equipa não sabe aproveitar o facto de jogar em superioridade numérica durante parte dos encontros. Com os beirões, que jogaram com 10 elementos depois da expulsão de Ricardo Alves aos 45+1 minutos, os comandados de Sandro não tiveram a clarividência nem o engenho para tirar partido dessa situação.

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Não foi a primeira vez que tal sucedeu desde que Sandro Mendes assumiu o comando técnico e a prová-lo está o facto de – com mais ou menos minutos a actuar em superioridade numérica – o Vitória também não ter conseguido chegar ao triunfo com o Moreirense (jornada 24), V. Guimarães (23), Belenenses SAD (21) e Sporting (19). Com os cónegos, Halliche foi expulso aos 83 minutos mas o 1-1 até aí registado não sofreu alteração.

Na recepção aos vimaranenses, o cartão vermelho exibido Pedro Henrique, aos 78, terá contribuído para os sadinos, que perdiam 1-0 nesse momento, alcançarem a igualdade (1-1) com um golo de Jhonder Cádiz, aos 80 minutos. Com o Belenenses SAD, a expulsão de Sasso (68 minutos) não foi aproveitada, tendo o mesmo sucedido com o Sporting.

Frente ao conjunto leonino, no Bonfim, no jogo em que Sandro Mendes se estreou, o Vitória chegou, aso 23 minutos, à vantagem por Jhonder Cádiz e, aos 54, Ristovski foi expulso. Apesar de terem actuado mais de meia-hora contra 10, os sadinos permitiram que os leões chegassem à igualdade (1-1).

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Lito Vidigal, antecessor de Sandro que comandou a equipa até à 18.ª jornada, também viveu momentos idênticos ao não conseguir ganhar mesmo a actuar parte dos jogos em vantagem numérica. Na 17.ª ronda, no reduto do Rio Ave, Matheus Reis foi expulso aos 64 minutos e o melhor que a equipa conseguiu foi chegar ao empate (1-1) com um golo de Berto. Pior aconteceu com o Boavista, actual clube de Lito Vidigal. Edu Machado e Raphael Silva, aos 72 e 90+2 minutos, foram expulsos, mas os setubalenses não evitaram a derrota por 1-0.

As excepções que confirmam a regra aconteceram na 1.ª e 7.ª jornadas, respectivamente, nas recepções ao Aves e Moreirense. Com os avenses, Jorge Fellipe (66 minutos) e Cláudio Falcão (45+6) viram cartão vermelho e o Vitória ganhou 2-0. Com os cónegos, Ângelo Neto e Halliche receberam ordem de expulsão (54 e 90 minutos) e os sadinos triunfaram por 3-0.

«Estamos há demasiado tempo sem ganhar»

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No final do encontro de anteontem com o Tondela, Sandro Mendes foi o primeiro a reconhecer que o empate foi um desfecho negativo para a sua equipa. “Jogar 45 minutos com mais um jogador ou com 11 contra 11 seria sempre um mau resultado para nós [o empate]. Queríamos muito ganhar e tentámos fazê-lo. A primeira parte foi muito equilibrada e na segunda, com mais um jogador, procurámos o golo, mas mesmo com dois atacantes com mais de 1,90 metros de altura [Mendy e Jhonder Cádiz] não conseguimos marcar e ganhar”, lamentou.

O timoneiro dos sadinos frisou que a equipa fez tudo para conquistar os três pontos. “Fizemos tudo para ganhar. Pusemos Mendy, Jhonder Cádiz, Berto e Tiago Castro na frente, mas não jogamos sozinhos. Tudo fizemos para fazer o golo. Temos de tentar ganhar o mais brevemente possível. São muitos jogos sem vencer”, admitiu em alusão ao jejum de triunfos que já leva 14 jornadas.

O técnico põe já o foco no próximo jogo (sábado, 15:30 horas com o Sp. Braga) e salienta a entrega dos seus jogadores. “A fase por que passamos não é boa. Estamos há demasiado tempo sem ganhar [14 jornadas] e a ansiedade é muita. Com menos um, o adversário quebrou o ritmo de jogo. Quisemos fazer tudo muito rápido e, às vezes, não dá resultado. Ninguém pode apontar nada à entrega dos jogadores”.

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