Autarquia indica que os trabalhos têm de avançar para reduzir o “mais possível” a perturbação da via
São muitos os utentes que atravessam a Estrada da Mitrena diariamente e são várias as queixas relativamente ao trânsito “caótico” que se faz sentir, devido às obras de requalificação que estão a acontecer no local. Como resposta à problemática sentida no acesso à Mitrena, a Câmara Municipal de Setúbal reuniu-se com as empresas da Mitrena e com a empresa responsável pela obra para minimizar “o mais possível” a perturbação da via.
Actualmente existe apenas uma estrada de acesso a esta zona da cidade, a Estrada da Mitrena, ou a EN 10-4. Foi no dia 23 de Maio de 2023, que o troço de quase 6500 metros começou a sua requalificação, e por consequência, o trânsito ficou condicionado. A intensidade do congestionamento é constante, algo que provoca um grande descontentamento dos usuários desta via.
A O SETUBALENSE, fonte do gabinete da presidência referiu que a “obra tem de avançar, minimizando o mais possível a perturbação da via”. Nesse sentido, segundo a mesma fonte, a Câmara Municipal de Setúbal reuniu com as empresas da Mitrena e com a empresa que está a fazer a obra, para “haver informação a circular de forma que os dias e as horas de maior constrangimento sejam do conhecimento de todos”.
A própria autarquia sadina assume que se trata de uma estrada com muito tráfego “em que qualquer intervenção terá sempre constrangimentos”.
Prazo de execução muito perto do fim
A obra de requalificação da Estrada da Mitrena, entregue à empresa Estrela do Norte, arrancou em Maio de 2023, num investimento de perto de quatro milhões de euros. A empreitada tem um prazo de execução de 400 dias, período esse que se esgota dentro de sete dias, e visa requalificar um troço de quase 6 500 metros da EN 10-4, conhecida como Estrada da Mitrena, entre os quilómetros 15+255 e 21+072.
Esta obra pretende igualmente aumentar de “forma decisiva” a capacidade daquela via de acesso a uma zona industrial de “relevância nacional”.
A intervenção, que tem um valor global de 3 milhões e 943 mil euros, aos quais acresce IVA, enquadra-se no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com financiamento através do fundo da União Europeia NextGenerationEU, estando previsto que à Câmara Municipal de Setúbal caiba suportar quase um milhão e meio de euros.
Trata-se de um investimento considerado “prioritário para o concelho”, executado na sequência de um processo em que a autarquia se substituiu à administração central. Trata-se de uma via que era gerida pela Infraestruturas de Portugal, mas passou para a gestão municipal, que assumiu a execução da obra de requalificação.
A obra passa pela criação de duas novas rotundas – junto da fábrica de Santa Catarina e do cais da Mague – e acessos e vias de serviço aos cais e às empresas localizadas na zona, tendo como objectivo “melhorar as condições de segurança de circulação rodoviária”.