26 Junho 2024, Quarta-feira

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Homicida sem-abrigo apanhado pela PJ no Bairro do Troino enquanto ostentava riqueza

Homicida sem-abrigo apanhado pela PJ no Bairro do Troino enquanto ostentava riqueza

Homicida sem-abrigo apanhado pela PJ no Bairro do Troino enquanto ostentava riqueza

Nuno Patrício e Ângelo Taia respondem pelo homicídio qualificado de Pedro Abreu. Julgamento começa hoje em Setúbal

A Polícia Judiciária de Setúbal caçou os homicidas de Pedro Abreu, pianista lisboeta cujo corpo foi encontrado num poço na Moita, por um deles ostentar riqueza sem qualquer reserva no pobre Bairro do Troino, em Setúbal, onde passeava com telemóveis de 1500 euros, roupa nova e ouro, tudo isto enquanto vivia numa casa cedida pelo Centro de Apoio ao Sem Abrigo (CASA) e recebia ajuda alimentar desta associação.

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O crime aconteceu a 21 de Fevereiro de 2023 e no espaço de dez dias, o autor do crime esvaziou a conta bancária da vítima, mais de 30 mil euros em luxos.

A PJ desvendou o crime por uma queixa que Pedro fez por furto da carteira onze dias antes de morrer, a 10 de Fevereiro de 2023, e relatos de moradores no Bairro do Troino, local da queixa, e que apontavam para a ostentação de riqueza de Nuno Patrício, um morador traficante de droga, como um comportamento estranho na altura do crime. Os inspectores da PJ encontraram imagens de videovigilância de Nuno a gastar mais de seis mil euros em ouro numa ourivesaria em Setúbal e com ele a companheira Ana Gonçalves e o cúmplice do homicídio, também sem abrigo Ângelo Taia.

Nuno Patrício e Ângelo Taia respondem a partir desta terça feira no Tribunal de Setúbal pelo homicídio de Pedro Abreu à pancada em casa do primeiro, no Bairro do Troino, quando consumiam cocaína. O MP acredita que os dois formularam um plano para tirar a vida do pianista e ficar com o seu dinheiro.

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A vítima costumava gastar muito dinheiro em cocaína que comprava a Nuno, o homem que queria assim o dinheiro que esta tinha na conta bancária. O crime ocorreu a 21 de Fevereiro de 2023. Antes, a 10 de Fevereiro, enquanto estava na Associação Casa a receber alimentação, Pedro adormeceu e Nuno aproveitou para ficar com a sua carteira. No interior tinha o cartão bancário e o respectivo código. Ao longo de três dias, Nuno e a sua companheira, Ana, gastaram cerca de seis mil euros da conta da vítima, que conseguiu então cancelar o cartão e apresentar queixa por furto.

No dia do crime, Pedro estava a consumir cocaína, como de costume, na casa de Nuno na companhia de outros dois indivíduos quando, de acordo com o Ministério Público (MP), viu a carteira que lhe tinha sido furtada. Gerou-se uma discussão entre os dois e logo Nuno atacou Pedro à pancada e tesourada na cabeça.

Depois telefonou a Ângelo, sem abrigo seu amigo, para se dirigir à sua casa para em conjunto concretizarem o plano mortal. Os dois acabaram por atacar a vítima à pancada, conseguiram o novo código pin do cartão bancário, e depois amarraram-lhe os pés e braços, deixando-a em agonia trancado na casa de banho, onde morreu sufocada pelo próprio sangue.

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Dias depois, Nuno comprou um carro, por 1500 euros, para colocar o corpo de Pedro e na companhia de Ana, sua companheira, e Paulo Rodrigues, outro consumidor de droga que assistiu ao crime, deslocaram-se a um poço na Moita, perto da casa de Ana, onde atiraram o corpo.

A 16 de Março, o corpo viria a ser descoberto e pouco depois, o grupo foi detido. Nuno e Ângelo respondem por homicídio qualificado, profanação de cadáver, abuso de cartão e roubo agravado. Ana Gonçalves responde por abuso de cartão e Paulo Rodrigues por profanação de cadáver.

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